29.4.07

"Estórias de bola" 2

A poucas horas do "derby capital", lembrei-me de um outro jogo entre os "grandes" de Lisboa, que também "decidia" o segundo lugar na Liga.

Época 2003/04, jornada 33, estádio de Alvalade, jogo entre Sporting e Benfica para ficar a saber quem entrava directamente na Liga dos Campeões.

No comando dos "encarnados" estava José António Camacho. Do lado dos "leões" estava... Fernando Santos.

Esta foi a época marcada pela tragédia. O grupo da Luz uniu-se depois da noite de Guimarães, que levou Miki Fehér, e chegou ao jogo da "segunda circular" moralizado, enquanto o adversário vinha a perder gás.

Na partida decisiva, oportunidades para os dois lados, até que o (nesse jogo) suplente Geovanni, já perto do fim, disparou uma "bomba" do meio da rua que deixou Ricardo pregado e deu os três pontos (e o segundo lugar) ao Benfica.

Neste jogo nasceu o "Já Está" e ficou também traçado o destino do engenheiro Fernando Santos: saída de Alvalade no final da época.

O que será que vai acontecer amanhã? Será que há "estórias" que se repetem?

25.4.07

25 de Abril... Sempre

"Esta é a madrugada que eu esperava
O dia inicial inteiro e limpo
Onde emergimos da noite e do silêncio
E livres habitamos a substância do tempo"


Sophia de Mello Breyner Andresen

20.4.07

O dia da musa


Grace Kelly. A beleza intemporal.

Ele vai ganhar mais num dia do que eu ganho num ano...

... e fazendo bem as contas, até mesmo em dois !


- 45,53 milhões de euros ao longo de cinco anos
- 9,1 milhões de euros anuais
- 175 mil euros por semana -
- uma "diária" de 25 mil euros
- mais de mil euros por hora.
E depois, ele é bom naquilo que faz? Também eu. E também o sô Zé da serralharia. E a dona Adelaide que é cozinheira.
É indecente ...


19.4.07

Comboio de Babel

Numa semana em que voltou a falar-se de extrema-direita em Portugal devido a um eventual encontro europeu em Lisboa, lembrei-me de uma das minhas últimas viagens de comboio.

Viagem a meio da tarde, sentido Sintra-Lisboa, oito lugares, sete pessoas: um português, dois africanos, dois cidadãos de leste, um asiático, uma brasileira...

É este o Portugal de hoje, pelo menos, na área metropolitana de Lisboa.

E qual é o problema? Nenhum, se forem pessoas integradas que trabalhem - normalmente naquilo que os "finos" portugueses já não querem fazer(*).

Muitas destes estrangeiros ajudaram-nos a brilhar com a Expo 98 ou o Euro 2004 e, se servem para “isso”, têm que servir para tudo o resto. Aliás, muitos deles, têm habilitações para muito mais.

O nosso país, já se sabe, é de “brandos costumes”, habituado a “convívios” inter-culturais e raciais.

Espero, sinceramente, que assim possa continuar... apesar de todo o tipo de pressões, a começar pelo desemprego.

(*) Absolutamente lamentável a campanha governamental das “Novas Oportunidades” que menoriza e despreza profissões “menores” essenciais a um país desenvolvido e equilibrado.

12.4.07

Museu Salazar

A União dos Resistentes Antifascistas Portugueses andou por Viseu a recolher assinaturas para a petição a entregar no Parlamento contra a criação do Museu Salazar.

É salutar que se envolva a sociedade civil, nos actos que muito bem entenda.

Só não concordo, que sejam os mesmos que repetidamente evocam as agruras do antigo regime, que contestem a memória do passado Português.

De resto, não são os mesmos, que queriam preservar a sede da Pide? A cair de podre?

Teremos nós, os que têm memória, o direito de esconder das futuras gerações o nosso passado, ainda que sombrio?

Em democracia e liberdade, o respeito pelos outros, deveria ser um dado adquirido. Um respeito que não existe, como se vivêssemos numa ditadura encapotada.

Na mesma linha está a destruição do cartaz da extrema direita com nome de partido, colocado no Marquês de Pombal. Goste-se ou não… não está certo.

Deveríamos seguir o exemplo Alemão (ainda que extremista), em que o passado do Holocausto não só é revivido, como preservado.

Para que não se repita.

Depois cabe à consciência de cada um decidir. E decidir é fazer democracia. Sem pressões, nem influências exageradas.

9.4.07

Por uma imensa minoria (*)

No outro dia tive uma conversa animada com um colega e amigo sobre um trabalho que estava a fazer. Dizia-me ele mais ou menos isto: “Porque é que estás a perder tanto tempo com isso, se ninguém vai ver”.

Percebo o que ele me quis dizer, mas não concordo com esta teoria e explico porquê.

Da mesma forma que sou contra aqueles que só trabalham pelo salário (e reforço o só), também não me parece nada bem que só se trabalhe pelas audiências ou tiragens.

É que, se esta lógica alastra, um dia destes, só vamos poder votar entre PS e PSD, apoiar Benfica ou Sporting, ouvir a RFM e a Antena 1, comprar o Correio da Manhã ou o JN, ou ir só e apenas à missa católica...

Contra a ditadura das maiorias, pela diversidade e pela liberdade, vou continuar a viver e a fazer as minhas próprias escolhas, nem sempre maioritárias (felizmente).

(*) Este era o slogan da extinta XFM, uma grande rádio que morreu por falta de ouvintes, diziam os patrões.

6.4.07

Diz que é uma espécie de... cartaz


A prova como o humor pode ser uma arma poderosa...