27.2.09

Discursos: Sócrates versus Obama

Em dia de inicio de congresso do Partido Socialista, vejo José Sócrates no pequeno ecrã. No palco de Espinho, à sua esquerda, em pequena janela há quem o traduza em linguagem gestual. Nas televisões ninguém se importa..

Fala o secretário-geral do PS, mas ninguém foca a pequena janela. Afinal ela está ali para servir um eleitorado potencial que eventualmente assistirá em casa.

Sócrates avança, fala de cartas anónimas cobardes, vitimiza-se, faz o jogo político, apresenta muito do que assegura já ter feito, e do que pretende fazer.

Fala José Sócrates de fingido improviso, e pergunto onde estará o teleponto.
Horas antes perguntei o mesmo ao ouvir Obama.

Obama falou perante os militares, e contei por cada ideia e explicação, 10 a 15 segundos de discurso.
E tantas frases que poderiam ter sido escolhidas. Tantas.
Não só porque o discurso é claro, não só porque a arte de discursar é inata, não só porque convence de forma fácil, mas porque, terá uma escola de vida a ouvir discursos vivos em igrejas norte-americanas.

Obama aponta ao coração dos norte-americanos e do mundo, com um discurso social recheado de esperança, um discurso empenhado em mudar, mas mudar de forma positiva.

Onde já vai George W.Bush.

E no meio de tanta arte – acredito que em boa parte convicta – pergunto quantos convencerá. E quantos mais, irritará.

Não sei se será capaz de cumprir as promessas, mas temo que mais dia, menos dia alguém o cale.
Ficaríamos todos a perder.

Por fora das calças... para não sujar?!

Por ocasião dessa maravilhosa festa que merece ser celebrada apenas em casa, ao som de todo o tipo de música excepto a brasileira, e a que damos o nome de Carnaval (haarghh), lá tive de mascarar o L. para a festa exterior às 4 paredes.

Primeiro foi de africano, por ordem da escolinha. Saiu um africano de olhos azuis, uma espécie importada das Caraíbas.

Depois foi de Batman. E é aqui que a porca torce o rabo.
Um amigo perguntou e bem se já tinha dado conta de algumas peculiaridades (atenção que só consigo escrever esta palavra porque tenho o Word), que são semelhantes a muitos dos super-heróis.

Desde logo há uns quantos que vestem as cuecas por cima das calças. É o caso do Batman e do Super-homem. Estranho não?
E depois há também um vasto conjunto, que acrescenta à mariquice uma capa. Uma capa? Mas aquilo é prático para quem pretende salvar o mundo?

Quem souber a resposta, faça o favor que eu aguardo.

Nunca me enganou

São estas pequenas questões que me deixam satisfeito no meio da crise:

-Pai, a minha namorado chamou-me e deu-me um beijo na boca.

E ainda agora nem 5 anos tem.
Força L. o paiziiinho está contigo.

25.2.09

Jeff Buckley

A morte levou-o cedo de mais, mas a sua música vive.

24.2.09

A bófia não manda aqui

70334

... novos desempregados inscritos nos Centros de Emprego em Janeiro.

E o que é que ele diz sobre isso?


NADA...

E isso é que é lamentável, diria mesmo, inaceitável.

23.2.09

A noite dos Óscares

81ª "noite mágica" do cinema norte-americano.

Espectáculo renovado, mais curto, com mais ritmo, grande apresentação de Hugh Jackman, muito boa a solução para a apresentação das estatuetas principais.

Para mim, que só vi dois dos "nomeáveis", jackpot com "Wall-E" e "Milk" a ganharem prémios (enorme Sean Penn).

Obrigado ao Duarte e à Teresa por me terem conseguido levar ao cinema para ver estes filmes onde deve ser, no grande ecrã. (*)

O grande vencedor foi, como já faziam prever as nomeações, "Slumdog Millionaire" (oito em 10, incluindo melhor filme e melhor realizador Danny Boyle). Já ouvi dizer bem e mal... é assim o cinema.

Heath Ledger e Kate Winslet confirmaram a preferência dos críticos.

(*) já agora: .j. e mary estão a "dever-me" uma ida ao cinema :-)

Zeca Afonso

José Manuel Cerqueira Afonso dos Santos morreu a 23 de Fevereiro de 1987.



Porque gosto do Zeca e do que ele representa...

E porque sou Amigo dos meus Amigos

21.2.09

Calexico rocks

Al Gore sou eu e tu...


Se toda a gente tivesse os mesmos hábitos que aqui o "Je", seriam precisos três planetas Terra para suprir as necessidades da população mundial.

A minha pegada ecológica é bastante penalizada pelo facto de andar sempre de carro sozinho, de comer carne quase todos os dias e de fazer compras sem me preocupar com a origem dos produtos.

Shame on me, mas por outro lado já faço reciclagem, tento não gastar muita água e luz e estou a pensar seriamente em comprar uma bicicleta para as pequenas deslocações.

A tão odiada crise poderá ter, afinal, algo de positivo. obrigar-nos a repensar os nossos hábitos de vida aburguesados.

20.2.09

No divã


Gosto de ouvir Júlio Machado Vaz falar e aprecio a forma natural como consegue abordar qualquer tema, por mais tabu que seja.

Da entrevista de semana passada ao Expresso retive duas "máximas" deste psiquiatra que um dia também se sentou no divã.

- "Estar deprimido é uma óptima forma de nos protegermos de tomar decisões. É como se nos retirássemos da pista da vida e ficássemos a ver os outros viver".

- "A sociedade está saturada de sexo, mas é pouco erótica".

Tons brasileiros

Ana Hickmann. Está na Rede Record, pela tarde.



Já foi capa em tudo o que possam imaginar. Da Vogue à Playboy.
Novamente, do que mais gosto são das sobrancelhas...
Mas claro que a moça tem outros atributos nada desprezíveis...

19.2.09

Tiques autoritários

É um sentimento deja vu e isso é que é lamentável em Democracia.

As maiorias absolutas de Cavaco Silva acabaram mal... todos nos lembramos do "bloqueio da ponte", das cargas policiais na Marinha Grande, dos "jobs for the boys", da "cegueira social", das pressões sobre a comunicação social, da censura a Saramago...

Agora, quase 15 anos depois, aí estão, nesta maioria absoluta do PS, alguns dos mesmos "tiques nervosos".

Dos últimos dias destaco duas notas: a forma "distorcida" como foram lidos os últimos números do INE sobre o desemprego (incrivel como Primeiro-ministro e ministro da Economia estavam felizes com os dados conhecidos) e a decisão de hoje do Ministério Público de censurar (não há outra palavra) uma sátira ao computador "Magalhães" no carnaval de Torres Vedras.

Não acredito que seja obrigatório que as maiorias absolutas "descarrilem", o que é certo é que os exemplos que temos não são grande coisa.

Em Outubro temos eleições, vamos ver que novos "episódios" teremos até lá.

17.2.09

A 395ª vez...

Pois é, meus amigos, dois anos...

Neste dia, em 2007, o Zeca abriu a casa assim.

E, desde aí, temos passado por aqui, os quatro, quando nos apetece, a falar sobre o que nos passa pela cabeça: às vezes dizemos coisas sérias, outras vezes só parvoices, mas a (nossa) vida é assim com altos e baixos, dias bons e dias maus...

Prometemos continuar por cá.

Obrigado pela visita.

15.2.09

Spam, Spam, Spam, Spam, Spam...


A expressão Spam" que todos conhecemos, infelizmente, das nossas lides informáticas, foi inspirada num sketch dos Monty Python sobre carne de porco enlatada consumida pelas classes mais pobres na Inglaterra e nos EUA.

A primeira publicidade Spam foi enviada em 1978, ainda no tempo da Arpanet, e a ideia foi de um tal de Gary Thuerk. São muitas horas a ver documentários do National Geographic, pessoal.

Invasão

Este sábado chegou a prova que faltava e já não há dúvidas: o “Caneta Permanente” está a ganhar importância mediática.

Como foi isso? Contratámos alguém que escreva alguma coisa de jeito? Aumentámos os visitantes para números nunca vistos? Fomos convidados para aquele programa de bloguers no Rádio Clube? Não, nada disso.

A questão fundamental é que - para além de termos um Seguidor público (que agradecemos e esperamos que seja o primeiro de muitos) e mais uma mão cheia de fiéis leitores – fomos, agora, invadidos por Spam.

Foram dois/três minutos de “chuva” intensa e, todos sabem, só um site de grande qualidade (!) merece a atenção “spamica”... isso ou o facto de este ser um site sem o mínimo de protecções :-)

Estaremos atentos para ver se haverá nova invasão... pode ser necessário tomar medidas, mas – claro – nunca iremos impedir os vossos comentários tão do nosso agradado.

14.2.09

Esquizofrenia

O mundo actual está para os psiquiatras, não tenho dúvidas. Senão reparem:

Por um lado – claro - a crise económica grave que afecta (quase) toda a gente e que deixa (quase) todos à beira de verdadeiros ataques de nervos; por outro, o estado da televisão no nosso país que pode deixar qualquer telespectador próximo da demência ou da esquizofrenia.

Passei várias horas dos últimos dois dias frente ao televisor e foi uma verdadeira aventura. Sinceramente, não sei como conseguem aguentar os “clientes” habituais.

As séries andam em verdadeira “montanha russa”: num episódio um médico vai casar com uma médica, poucas horas depois – noutro episódio – vai casar com uma enfermeira; um advogado foi despedido às duas da tarde e está a trabalhar às 16h; uma feiticeira tem um bebé num episódio e ainda nem sequer está grávida no programa a seguir; um polícia ainda não levou um tiro de manhã e à tarde já recuperou do tiro que ainda não tinha levado no episódio anterior...

São quatro exemplos apenas, podia dar-vos mais, mas a minha cabeça já está a fritar.

Se calhar o problema é meu e devia ser internado ou, pelo menos, mandado a um psiquiatra. A outra hipótese, seguramente mais eficaz, é desligar a tv.

13.2.09

World Press Photo 2008


"The international jury of the 52nd annual World Press Photo Contest have selected a black-and-white image by American photographer Anthony Suau as World Press Photo of the Year 2008.

The picture shows an armed officer of the Cuyahoga County Sheriff's Department moving through a home in Cleveland, Ohio, following eviction as a result of mortgage foreclosure. Officers have to ensure that the house is clear of weapons, and that the residents have moved out. The winning photograph, taken in March 2008, is part of a story commissioned by Time magazine."

Insólitos

Quatro da manhã. Final de uma noite de "conbíbio" e já meio Zen por ter bebido meia imperial, sigo sem pressas para casa a ouvir a melhor banda do mundo.

Faço o caminho habitual, pelas estradas do costume, as praças e pracetas continuam lá todas, mas em frente à roulote das bifanas surge algo que não faz parte daquele filme suburbano...

Uma enorme limousine preta brilhava na zona industrial de Santa Iria e alguém dizia para o motorista: "apetece-me algo".

A crise na lógica pasteleira

Há coisa de dois anos decidiram ampliar a pastelaria. Compraram a casa ao lado, abriram a parede colaram as salas, e pronto: a pastelaria duplicou.
Agora, voltaram a fechar a parede, e a dividir o estabelecimento.
Ao que parece, a outra metade da casa não gerava lucros que justificassem a ampliação. As mesas estavam cheias, mas obrigava a repensar o número de funcionários. Para cima.
A crise veio, e baralhou tudo.
Nos primeiro dias os funcionários diziam que antes assim. Antes assim que despedir pessoal.
Não falei com o dono nem sei das suas reais intenções.
O que sei, é que o que aconteceu na pastelaria, está a acontecer em muitas empresas do país: Fechar secções. Para enfrentar a crise.
Ficamos satisfeitos, se o sacrifício for apenas de “espaço”. Mas se pensarmos bem, o tal espaço poderia dar lugar a mais uns quantos empregos.
Há uma lógica “batatal” na crise global, compreensível. Mas muito irritante.

12.2.09

Dia D

Aproveitando a boleia proporcionada pela fotografia escolhida pelo rvr no último post...

Convém recordar que Charles Darwin faz hoje 200 anos...

e a sua obra emblemática, a "Origem das Espécies", 150 anos.

Gostava de passar por cá daqui a mais 200 para ver como andará (em todos os sentidos) a nossa espécie.

11.2.09

Livro de Reclamações

Estava na fila para pagar do Ikea quando, qual furacão, aparece uma senhora muito indignada a barafustar com o mundo.

Mas afinal qual era a razão para tanto alarido e que levava esta dona de casa desesperada (DCD) a espumar pela boca e a gritar pelo Livro de Reclamações?

Resposta: Parece que uma funcionária mandou DCD dar uma curva quando esta tentou pagar na caixa destinada a grávidas e deficientes.

Pois é, as outras caixas tinham uma fila gigante e DCD, à boa maneira portuguesa, puxou do manual urbano de sobrevivência e tentou tomar o caminho mais curto.

A menos que a Estupidez tenha, entretanto, passado a ser considerada uma deficiência, DCD não tinha a mínima razão, mas, ainda assim, lá foi inscrever a sua queixa no Livro de Reclamações.

Razão tinha Charles Darwin quando disse que descendemos todos dos batráquios e de símios. Às vezes esse lado animal vem ao cimo nos seres humanos. É a teoria da evolução numa fila do Ikea.

10.2.09

A nova dos Peter, Bjorn and John (sem assobios)

Penteados rockabilly, passos de dança mirabolantes, uma mota na cozinha, violência gratuita. Nunca tinha visto um vídeo com tantos cromos por metro quadrado.

9.2.09

Sopa de Letras



Esta "obra de arte" pode não ter ficado nada de especial, mas a sopinha depois ficou um espectáculo:)

8.2.09

Abre-te Sésamo

Eu, ao contrário do meu camarada e amigo RVR, não tenho poderes sobrenaturais nem quaiquer super-poderes. Se dúvidas existiam, isso mesmo ficou provado esta madrugada.

Esqueci-me da chave de casa e não consegui entrar com o poder da mente. O simples encontrão na porta também não foi suficiente e, em desespero, cheguei a utilizar expressões conhecidas como "Abre-te Sésamo" ou "Abracadabra", mas nada resultou.

Ainda pensei ligar ao "Professor Karamba" mas, como o "artista" está de férias, e eu também não tinha uma radiografia ou um pé de cabra à mão, a solução foi mesmo "descer à terra" e - claro - tocar à campainha e acordar toda a gente cá em casa.

A questão prévia que também se pode colocar é: como consegui eu esquecer-me de um molho de chaves que costuma andar ao pescoço? Mais uma prova de cansaço ou... da falta de super-poderes.

7.2.09

Fascismo nunca mais



A direita italiana aprovou esta semana, no Senado, uma alteração à lei de segurança para que os médicos denunciem os imigrantes ilegais que procurem os serviços de saúde.

Muitos estrangeiros "sem papéis" vão preferir a morte a serem detidos e expulsos do país. É assim que Berlusconi resolve o problema da imigração ilegal.

O próprio Benito Mussolini não teria feito melhor.

6.2.09

"Professor Karamba"



Esta noite adormeci no sofá, a ver televisão, e sonhei que ia no meu "maquinão", a caminho de Lisboa, quando à minha frente aconteceu um choque frontal entre um camião e um carro.

Entretanto acordei e, passados poucos minutos, a SIC noticiava um acidente - à séria - entre um autocarro e um camião.

Já sabia que tinha super-poderes, mas mesmo assim fiquei impressionado com este episódio paranormal.

Isto tudo para dizer que estou a aceitar marcações de consultas. Se estiverem a sofrer de mau olhado, magia branca, magia negra, voodoo... tenho solução para tudo :)

Dedicado aos meus camaradas de blogue

JD, ZECA E CMCC, como sei que gostam de raparigas com axilas cabeludas, presenteio-vos com esta música da Joan as a Police Woman :)

A prioridade

Nas últimas semanas tem sido matemático... noticiário que se preze guarda largos minutos para a crise financeira.

Todos os dias é a mesma “estória”: a fábrica x que faliu, a empresa y que fechou, o sítio z que mandou todos para casa esta semana. Sejam empresas famíliares ou multinacionais ninguém parece estar imune.

Só em Portugal, durante o mês de Janeiro, foram mais de sete mil as pessoas que ficaram sem emprego.

Já são quase 500 mil os desempregados inscritos e, se juntarmos os dois milhões de pobres, assim se percebe a gravidade do problema.

Sim a crise é mundial e nunca vista, sim o Sócrates não tem todas as culpas, mas um Governo que se diz socialista tem que ter estes números em mente.

Não sei como isto se resolve, mas o combate ao desemprego deve ser (tem que ser) a prioridade deste ou de outro Executivo que ai venha (e, já agora, da oposição).

(*) isto era para ser um comment ao post do Zeca, mas ficou demasiado grande.

5.2.09

Temos uma vizinha nova

Descobri que houve mais alguém que criou um blogue na Internet. Não estamos sozinhos, pessoal:)

Este post é uma espécie de bolo de boas-vindas como aqueles oferecidos aos novos vizinhos nos filmes americanos.

O blogue chama-se AquiAcontece e, como dizem os jogadores da bola... desfrutem.

4.2.09

Memórias da "danceteria"

Cabelo comprido, ridículamente encaracolado. Borbulhas.
Calças de ganga como hoje.
Roupa bem lavadinha, que a luz negra dava cabo da reputação.
Pisang Ambon. Dançar como se tivesse uma guitarra na mão.
Saber o máximo de letras de cor e salteado. E genica para muitas horas de diversão.
As matinés do Lido eram, para muitos como eu, uma das poucas coisas boas que se podiam fazer na Amadora, nos furiosos anos 80, em que o outro sexo tinha o apelo do desconhecido.
O Lido ardeu. Com ele a "danceteria" e os cinemas. A loja dos discos. A casa de dança que Raul Durão criou.
Com esta memória, arrastam-se tantas outras, de velhos amigos. Uns que já voltei a ver, e que me pareceram velhos e cansados. Outros mais gordos.
Outros que nunca mais vi. Arrastados pela droga, os assaltos aos quiosques, a desvios para lá do legal.
Memórias de fim-de-ano de corar muito rebelde dos anos de hoje. Banhos de madrugada de Inverno na Praia das Maçãs. Futeboladas após marcha de quilómetros no Jamor.
Ficam alguns nomes de momentos felizes: Patana, Careca, Tendas, Traina, China, Gonças. Por onde andam?

De onde viemos e para onde vamos

Em Dezembro mais de 400 mil portugueses estavam registados no centro de emprego. Mais de um terço, são desempregados de longa duração.
Com as devidas diferenças, estamos longe de Espanha, e ainda bem. Aqui ao lado há mais de 3 milhões de pessoas sem emprego. A cada dia que passa, seis mil ficam sem trabalho.
Mas isto não nos pode deixar satisfeitos. Nem indiferentes.
Os meses, para não dizer anos, que se aproximam não vão ser sorridentes.
Procurar culpados é o nosso desporto nacional. Mas pergunto eu, ao longo destes anos o que andámos a fazer?
Trabalhámos o suficiente?
Fomos devidamente recompensados?
E a responsabilidade de quem nos representa? Dos políticos que o povo diz serem todos iguais?
Vivemos todos acima das nossas possibilidades?
Não posso deixar de pensar no que me diz há anos um velho amigo: um bom patrão + um bom empregado = a uma boa empresa.
Um mau patrão + um bom empregado = a uma má empresa. E vice-versa.
Matemática de mercearia. Talvez ele tenha razão. Talvez a culpa seja de todos nós.