Em dia de inicio de congresso do Partido Socialista, vejo José Sócrates no pequeno ecrã. No palco de Espinho, à sua esquerda, em pequena janela há quem o traduza em linguagem gestual. Nas televisões ninguém se importa..
Fala o secretário-geral do PS, mas ninguém foca a pequena janela. Afinal ela está ali para servir um eleitorado potencial que eventualmente assistirá em casa.
Sócrates avança, fala de cartas anónimas cobardes, vitimiza-se, faz o jogo político, apresenta muito do que assegura já ter feito, e do que pretende fazer.
Fala José Sócrates de fingido improviso, e pergunto onde estará o teleponto.
Horas antes perguntei o mesmo ao ouvir Obama.
Obama falou perante os militares, e contei por cada ideia e explicação, 10 a 15 segundos de discurso.
E tantas frases que poderiam ter sido escolhidas. Tantas.
Não só porque o discurso é claro, não só porque a arte de discursar é inata, não só porque convence de forma fácil, mas porque, terá uma escola de vida a ouvir discursos vivos em igrejas norte-americanas.
Obama aponta ao coração dos norte-americanos e do mundo, com um discurso social recheado de esperança, um discurso empenhado em mudar, mas mudar de forma positiva.
Onde já vai George W.Bush.
E no meio de tanta arte – acredito que em boa parte convicta – pergunto quantos convencerá. E quantos mais, irritará.
Não sei se será capaz de cumprir as promessas, mas temo que mais dia, menos dia alguém o cale.
Ficaríamos todos a perder.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário