30.4.08

Há coisas que custam mais do que imaginamos



Os Radiohead fizeram um vídeoclip para o tema "All I Need" contra a exploração infantil, onde mostram duas realidades bem distintas.

Só de pensar que o nosso estilo de vida confortável e do qual nos queixamos incessantemente se baseia no sofrimento de outras pessoas, faz-me ficar a "bater mal".

I am the next act waiting in the wings
I am an animal trapped in your hot car
I am all the days that you choose to ignore

You are all I need
You are all I need
I am in the middle of your picture
Lying in the reeds

I am a moth who just wants to share your light
I’m just an insect trying to get out of the night
I only stick with you because there are no others

You are all I need
You are all I need
I am in the middle of your picture
Lying in the reeds

It's all wrong
It's all right
It's all right
It's all wrong
It's all right
It's all right
It's all right

Sobe, sobe gasolina sobe...

E pronto, desta a meia noite, voltaram a subir os combustíveis: mais dois cêntimos para a gasolina e mais três para o gasóleo.

Não é grave, é "só" a 17ª mexida este ano, 14 delas a subir, claro.

Tudo começou com a liberalização dos preços em 2004 e, por incrivel que pareça e ao contrário dos outros sectores, a concorrência fez subir (e muito) os preços.

Não percebo, mas ainda entendo menos se compararmos o nosso caso com o exemplo dos nossos vizinhos espanhóis.

Aqui ao lado, o gasóleo custa menos 12 cÊntimos e a gasolina menos 28.

Reparem que até o presidente da Associação dos Revendedores de Combustíveis (ANAREC) considera esta subida "escandalosa".

Alguém me explica isto?

25.4.08

25 de Abril... Sempre

Como não podia deixar de ser...



Indiscutivelmente, um dos dias mais importantes da vida de Portugal.

O ano passado foi assim.

24.4.08

Um novo desporto

Pensei que conseguia resistir e não escrever uma linha sobre o actual momento no PSD. Reparem que escolhi as palavras "actual momento" e não "crise" para ser quase tão enigmático como os lideres e candidatos a lideres do Partido Social Democrata.

Isto faz-me lembrar um outro episódio, quando o político Paulo Portas chegava sempre atrasado a conferências de imprensa, ao ponto de dizerem que existia uma hora específica... a hora CDS-PP.

O Psd vai mais longe. Numa altura em que tanto se fala de acordo ortográfico, o PSD incita os portugueses a descobrir o que pretendem dizer os social democratas quando abrem a boca. Uma espécie de desporto nacional.

Menezes inaugurou a coisa, com o seu "não entro na corrida". O que queria dizer? O quê? não entro na corrida quer dizer o mesmo que não vou ás directas? Não entro na corrida quer dizer que já não vai ao circuito do Estoril? À meia-maratona?

Os jornalistas, os comentadores seguiram a peça dúbia, como se o que eles dissessem, não fosse exactamente o que pretendessem fazer.... mais cedo ou mais tarde!

Menezes saiu e acabaram-se as dúvidas: não entrou na corrida.

Eis que aparece Pedro Santana Lopes. E está e volta o desporto nacional da descodificação.

O que pretenderá ele dizer com "estou aqui para o combate". Será que vai para a guerra? Será que é o novo Rambo?

Que coisa bonita.

E como tanta dúvida antes de serem candidatos, é assim que os políticos querem convencer o partido e o país de que quando prometerem um coisa... é mesmo o que prometeram, e não algo que todos julgavam ser... menos eles?

23.4.08

Imogen Heap

Não sei se alguém me hipnotizou :-), o certo é que, nos últimos dois dias, ouvi esta música umas 20 vezes:



Acham que se passa alguma coisa de errado comigo e devo ser internado ou isto é mesmo fixe?

Obrigado ao JPC por me ter dado a conhecer esta miúda de nome estranho, mas com uma grande voz.

22.4.08

Os ambientalistas vão para o ecologistão

Não estava a contar com isto. Mas vou ter de mudar de casa.

Uma reportagem na RTP fez-me abrir os olhos: a casa onde vivemos (eu, a minha mulher e o miúdo) é pequena demais.
Sobretudo, a cozinha é pequena demais.

Percebi pela RTP que a Quercus quer agora reciclar cortiça. Rolhas de cortiça.
Depois do vidro, do plástico, dos indiferenciados, das pilhas, do cartão, vem aí a nova onda… a separação da cortiça.

Meu Deus. Já não tenho cozinha para tanto lixo, separadinho, reduzidinho, reciclávelzito.
Como se não bastasse, ainda há aquela pergunta. Como é que lhe vão chamar?
Rolhão? Cortição?

Poupem-nos…

21.4.08

Puxão de orelhas

Esta foi, seguramente, e de muito longe, a pior semana desportiva de sempre de toda a história do Benfica.

Nestes 30 e poucos anos de vida tive o privilégio de assistir a vários dias e noites de glória dos “encarnados” mas – também – a muitas (demasiadas) tardes e noites más: para além da tragédia passada com Miki Feher (o dia mais negro da “estória” do clube), desportivamente é impossível esquecer, por exemplo, os 7-1 do Sporting, os 5-0 do FC Porto na Luz e, claro, os 7-0 diante do Celta de Vigo...

… mas, ser envergonhado em casa por uma equipa que está a lutar para não descer de divisão, ser humilhado em 25 minutos imparáveis de um Sporting de fogachos e perder na casa de um Dragão já campeão, conseguindo criar apenas um lance de perigo em 90 minutos, - tudo no espaço de 10 dias - é algo de verdadeiramente inexplicável e que merece profunda reflexão por parte de quem de direito.

Apesar disto – deste “buraco negro” em que a equipa caiu – que deixa sócios e adeptos absolutamente descorçoados, nada – nada mesmo - justifica excessos, até porque há (muitas) coisas mais importantes que o “chuto na bola”.

E não, desta vez, não estou a falar das bestas (peço desculpa, mas não há outra palavra para os descrever) que atacaram o autocarro da equipa no Seixal. Estou mesmo a falar de mim.

Na quarta-feira, no calor do jogo frente aos “leões”, tive um momento de insanidade mental. Sem entrar em pormenores - diz quem viu – eu parecia louco e o computador é que “pagou as favas”.

Acabei por ter sorte e a máquina sobreviveu ao choque.

Serve o presente desabafo para, por um lado, me declarar envergonhado pela atitude (que já não foi a primeira do género: há um caixote do lixo partido que o pode comprovar) e, por outro - especialmente por isso - para agradecer o “puxão de orelhas” que levei de uma amiga no dia a seguir.

Obrigado .j. por me aturares e por, ainda por cima, teres a pachorra e a lucidez para me tentares trazer de volta à razão. Gosto de ti, também por isso.

20.4.08

Sónia Balacó


23 anos, morena e portuguesa.
Quando o vi pela primeira vez (há apenas umas semanas, e antes de saber que já tinha fãs) agradou-me o ar de "descuidado profissionalismo" com que encarava o pequeno ecrã. Fez-me lembrar a Catarina Furtado de outros tempos.
E confesso que gostei.

Aparece 15 minutos por semana na televisão.
Cá para mim, podia ficar um bocadinho mais.

13.4.08

Abelhas há muitas

Desculpem, não resisti:

Esta notícia do "nosso" Sócrates fez-me lembrar esta bela música:



O Clemente é o maior...

10.4.08

Prime, Viseu

Nós somos amigos dos nossos amigos. Neste caso, somos também amigos dos que por cá passam.

Atenção, não nos interpretem mal, nós gostamos que nos visitem e estamos até muito contentes com o constante crescimento no número de pageviews do "Caneta Permanente"

Ficamos, no entanto, um bocadinho preocupados quando descobrimos que há alguém suficientemente maluco para visitar este humilde blog mais vezes que os próprios autores.

Este post é, por isso, dedicado ao nosso visitante mais fiel, àquele nosso amigo de Prime, em Viseu, que, diariamente, nos vem dizer "olá", mesmo quando não diz nada e só demora uns segundos.

Nenhum dos quatro autores deste blog foi alguma vez a Prime ou sequer, pelo menos conscientemente, se lembra de conhecer alguém nessa que será uma bela localidade.

Vimos por isso agradecer a esse (ou essa) nosso (a) amigo (a) a fidelidade e esperamos que continue a visitar-nos e possa interagir mais connosco, deixar comentários, mesmo que seja para dizer mal...

PS: O nosso objectivo é ter tantos e tão bons leitores como este de Prime que sejamos obrigados a ter uma secção especial só para os homenagear, humildemente. Por isso, se quiser uma menção honrosa neste "blog de referência", não hesite, visite-nos várias vezes por semana.

Voltem sempre.

9.4.08

A sorte

Nunca me sairam prémios que se vissem, nem sequer nas rifas. Talvez tenha sorte ao amor. Talvez.
Ainda assim não posso dizer que não tenha sorte.

E aqui, neste ponto, até posso dizer que todos os dias tenho a sorte pelo meu lado pelo menos 7 horas, regra geral até mais.
Porque faço o que gosto.

Sem ser um dependente do trabalho, vivo o que faço, e não consigo ver a vida de outra maneira. Tenho a certeza que talvez isso me poupasse uns quantos amargos de boca, mas enfim.

Agora que me irrita ver quem não goste do que faz, quem não sinta o prazer de fazer correr-lhe nas veias, lá isso irrita.

Ninguém é obrigado a cumprir pena no trabalho. Mas também ninguém deveria ser obrigado a escavar à procura da sorte, porque tendo o prazer a correr-lhe nas veias, não tem trabalho.

4.4.08

Aventuras há muitas...

Este é um post "três em um" em que vou misturar assuntos completamente diferentes: os livros "Uma Aventura", a "crise" na educação e o caso "Apito Final".

Os livros escritos pelas professoras Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada já existem há 26 anos, tempo em que foram escritas 50 aventuras. Falaram-me deles, a primeira vez, estava eu no 1º ano do Ciclo, penso que terá sido a minha professora de Português.

Eu também cresci a lê-los e lembro-me que o primeiro que a minha mãe me ofereceu foi, claro, "Uma Aventura no Estádio" (o 14). Gostei tanto que, a partir dai, li todos até vir para Lisboa.

Por falar em professores, tive bons e maus docentes, como toda a gente (são poucos os que me lembro, mas destaco a Dona Maria da Glória na escola Prímária e o professor Fatal no Secundário), boas turmas (fantástica a do 12º) e turmas menos boas...

E já agora, especialmente para aquele pessoal da minha geração que agora diz: "No meu tempo não era assim...", gostaria só de dizer que eu vi alunos a sair pela janela, sei de professores que tiveram que meter baixa, não vi pistolas mas vi facas e socas, putos a fumar "cenas maradas", aulas anuladas por causa de bombinhas de mau cheiro, pessoal com "faltas a vermelho" (eu incluído).

Por isso, também não dramatizemos. O que aconteceu no tal vídeo mostra que a "coisa" não está fácil, é verdade que os miúdos estão um bocadinho abusados, mas com bons professores, que consigam motivar os alunos, não consta que haja problemas.

Entretanto, recuperando "Uma Aventura no Estádio", é verdadeiramente inacreditável o que se está a preparar no futebol português: estão a cozinhar um (eventual) castigo ao FC Porto, que é uma autêntica anedota, naturalmente, numa altura em que "já não aquece nem arrefece".

Ele tinha um sonho...

... e morreu por ele faz hoje 40 anos.

Foi assassinado no quarto de hotel em Memphis (Tennessee).

Neste dia faz sentido recordar O discurso, realizado uns anos antes...




Pena que, tantos anos passados, ainda não esteja cumprido na totalidade.

3.4.08

"Estupidóvski"



Isto aconteceu num jogo da Taça da Hungria. O jogador do Debrecen tinha estado a ver jogos do Sporting e falhou uma grande penalidade, mas um adversário do Fehervar resolveu mostrar como é que se faz...

2.4.08

A Aldeia do Velho Franco



Era ainda bem criança quando lá passei pela primeira vez, e lembro que fiquei deslumbrado. Um local mágico, feito de barro e movido a água.

Às portas de Mafra, no Sobreiro, a Aldeia Típica de José Franco cresceu. Cresceu muito para lá do que me recordo.

Há mais pequenas casas a representarem outras tantas antigas profissões, há novos baloiços, a par dos antigos escorregas, ainda de ferro escuro e liso, gastos de tanto uso.

O meu filho ficou deslumbrado, mas eu, nostálgico, reparei naquilo que ele não via. Boa parte das miniaturas está imóvel, carregada de pó. O comboio foi propositadamente colocado fora dos carris talvez para não consumir tanta electricidade.
Nas casinhas, há muito que as roupas dos manequins e dos adereços pedem uma lavagem a sério.

Não era assim no tempo em que José Franco fazia girar a roda do barro, perante as bocas abertas da criançada que viam as mãos moldar figuras e peças incríveis.

José Franco tem 88 anos, consta já não é visita frequente da sua aldeia. E é pena.

1.4.08

"Águia Vitória fugiu durante o treino"


O jornal desportivo "A Bola" titula neste 1 de Abril, Dia das Mentiras, que a "Águia Vitória fugiu durante o treino".

"Caneta Permanente" pode avançar em primeira mão que o almoço de hoje de Pinto da Costa, o presidente do Futebol clube do Porto, foi carne de aves:)

Sabia que...


... O IVA do papel higiénico é igual ao de um relógio Jaquet Droz, de 22 500 euros? É verdade, por incrível que pareça, os dois produtos são taxados a 21%.

Eu sei que isto pode parecer uma fixação doentia pelo papel higiénico, mas não posso deixar de denunciar outra situação que muito me indigna: é que até os refrigerantes, como a Coca-Cola ou o Sumol, têm uma carga inferior de IVA (5%).