9.4.08

A sorte

Nunca me sairam prémios que se vissem, nem sequer nas rifas. Talvez tenha sorte ao amor. Talvez.
Ainda assim não posso dizer que não tenha sorte.

E aqui, neste ponto, até posso dizer que todos os dias tenho a sorte pelo meu lado pelo menos 7 horas, regra geral até mais.
Porque faço o que gosto.

Sem ser um dependente do trabalho, vivo o que faço, e não consigo ver a vida de outra maneira. Tenho a certeza que talvez isso me poupasse uns quantos amargos de boca, mas enfim.

Agora que me irrita ver quem não goste do que faz, quem não sinta o prazer de fazer correr-lhe nas veias, lá isso irrita.

Ninguém é obrigado a cumprir pena no trabalho. Mas também ninguém deveria ser obrigado a escavar à procura da sorte, porque tendo o prazer a correr-lhe nas veias, não tem trabalho.

5 comentários:

zeca disse...

Ora e o primeiro comentário é meu. Bela bosta de poesia!

JMF disse...

A poesia não sei se é boa :-) mas o que dizes é a mais pura das verdades.
Vou até mais longe. Toda a gente devia ser obrigada a procurar um trabalho que gostasse. Por decreto e com direito a subsídio :-)

Anónimo disse...

Eu acho que é importante gostarmos do nosso trabalho, mas sem nos esquecer-mos de que há coisas mais importantes na vida que não podemos negligenciar. Lá Palisse não diria melhor :)

RVR

Anónimo disse...

eu cá confesso que tenho uma relação de amor/ódio com o meu trabalho:)
uns dias adoro, outros dias detesto.. mas o balanço final é positivo, claro! aliás, acho que não se vem para uma coisa destas sem se gostar..:)

Teresa

Carlos Calaveiras disse...

Eu sou um privilegiado: trabalho num sítio que gosto, com gente que gosto.

Chatices também há, mas não são para aqui chamadas.