23.2.11

Zeca... sempre

O que faz falta



23 de Fevereiro, dia de Zeca Afonso

22.2.11

Radar Kadafi

Aqui vai uma musiquinha dedicada ao próximo ditador a ser derrubado...


RADAR KADAFI : 40° GRAUS A SOMBRA (1987)
Enviado por artemis181. - Veja mais vídeos de música, em HD!

17.2.11

Não vamos para novos

Desde que o "Correio da Manhã" divulgou o inacreditável caso da senhora idosa que estava morta em casa há nove anos (!!??), vários outros cidadãos foram sendo encontrados sem vida ao longo da semana.

De repente parece que deu um "baque de humanidade" a muitos familiares, amigos e conhecidos do género: "É pá, já não vejo ... há ..., vou lá a casa, bater-lhe à porta".

Este deve ser o único ponto positivo desta trágica "estória" de velhotes abandonados em casa. Agora, alguém anda à procura deles. Pelo menos esta semana.

Quantos mais casos haverá esquecidos por esse país fora? É assustador.

Como pode a nossa sociedade ser tão desleixada? É preocupante.

Terá este sentimento de negligência tendência para piorar? Temo que sim porque estamos cada vez mais individualistas.

4 x 4

Faz hoje 4 (quatro) anos que o Zeca abriu esta nossa/vossa casa.

Nós 4 (quatro) por cá continuamos, a escrever aquilo que nos apetece, quando nos apetece.

O mundo não anda fácil, as nossas vidas, às vezes, também não e, por isso, às vezes, desaparecemos: por falta de tempo, por falta de pachorra, por falta de inspiração, por falta de ânimo, por falta do que quer que seja... mas a porta vai continuar aberta.

Quem por aqui passar vai continuar a ter posts sérios e parvoices, músicas e filmes de que gostamos ou queremos ouvir/ver, enfim, "cenas" do que se vai passando connosco e nos toca pela positiva ou pela negativa.

Obrigado pela visita.

12.2.11

"Parvo que sou"



Deolinda - Parva que sou

Sou da geração sem remuneração
e não me incomoda esta condição.
Que parva que eu sou!
Porque isto está mal e vai continuar,
já é uma sorte eu poder estagiar.
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘casinha dos pais’,
se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
e ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Sou da geração ‘vou queixar-me pra quê?’
Há alguém bem pior do que eu na TV.
Que parva que eu sou!
Sou da geração ‘eu já não posso mais!’
que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou!
E fico a pensar,
que mundo tão parvo
onde para ser escravo é preciso estudar.

Tahrir Libertação

O povo (ainda) é quem mais ordena. Esta máxima ficou, uma vez mais provada, depois do que se passou nestes 18 dias no Egipto.

De 25 de Janeiro a 11 de Fevereiro o povo saiu à rua, exigindo reformas e a queda de Hosni Mubarak. É verdade que morreram 300 pessoas nestes dias, mas as maifestações acabaram por ser pacíficas, o que é extraordinário num país que estava oprimido há 30 anos.

Foi impressionante assistir a este levantamento popular, um verdadeiro momento histórico para o Egipto e para o mundo: monumental a reacção da população quando Mubarak não saiu e igualmente incrivel a forma como hoje reagiram eufóricos a notícia da "queda" do regime. Muito positiva, também, a forma como muçulmanos e católicos estiveram lado a lado nestes dias.

O Egipto vai agora lutar pela Liberdade e pela Democracia... os militares vão gerir o país neste período de transição. Para já, o povo está com eles. Esperemos que as Forças Armadas saibam respeitar a vontade do povo e conduzi-lo até eleições livres e justas.

Seja como for, "O Egipto nunca mais será o mesmo", disse Barack Obama esta noite, porque "há alguma coisa na alma que grita por liberdade”.

Depois da Tunísia e do Egipto, será que os ventos de mudança vão continuar a soprar em África?

10.2.11

Vergonha

Tenho vergonha de um país que deixa uma senhora de 90 anos morrer sem assistência e se esquece dela durante nove anos.

Tenho vergonha de uma família que deixa uma senhora de 90 anos morrer sem assistência e se esquece dela durante nove anos.

Tenho vergonha das várias instituições que não estranham que se deixe de pagar água, luz, gás, renda, se deixe de receber pensão e deixam uma senhora de 90 anos morrer sem assistência e se esquecem dela durante nove anos.

Tenho vergonha deste sítio mal frequentado a que chamam país.

7.2.11

3.2.11

O outro lado

Eu adoro desporto em geral, futebol em particular, vibro com as vitórias do meu clube e da selecção, gosto de ver bons jogos, boas jogadas, grandes golos e defesas... e tento (tento) aceitar os resultados como eles são.

Adoro futebol e sou perfeitamente capaz de ver quatro ou cinco jogos de enfiada num qualquer domingo sem nada para fazer.

Adoro futebol e tenho a mania que o percebo, que sei de tácticas e de jogadores, que sei fazer as substituições certas e que percebo o que o outro treinador está a fazer... mas também chamo nomes ao árbitro e digo asneiras..

Adoro futebol e posso passar horas a falar dele com as pessoas certas... e até inventei o "Stop temático", jogo no qual, até hoje, ainda estou invicto.

Mas... adoro futebol dentro das quatro linhas, no rectângulo de jogo, 11 contra 11 e, por isso, há coisas, no outro lado do jogo, que me fazem muita confusão.

O "caso Kleber" é sintomático: o avançado está num clube português, mas os direitos são de um clube brasileiro. FC Porto e Sporting fizeram ofertas pelo jogador. O clube brasileiro considerou "ridícula" a proposta dos "leões", o clube português mostrou documentos em como a proposta dos "dragões" é mais baixa que a do clube de Alvalade...

Apostam onde Kleber vai jogar na próxima época??? Eu cá aposto no azul, mas é só um palpite.

Se a "estória" é assim, é mais um exemplo que o futebol não se joga só dentro de campo. Parabéns ao Marítimo pela coragem de divulgar os documentos, vamos ver se vai haver represálias.

2.2.11

PREC

Está a fazer-se história na Tunísia e no Egipto (*).

Fartos de ditadores, que controlaram os respectivos países durante décadas, as populações vieram para as ruas exigindo a queda dos respectivos regimes e as consequentes reformas democráticas.

Já passaram semanas desde o início dos protestos e o povo parece não ir (não querer) recuar e só hoje, no Cairo, juntaram-se mais de 200 mil pessoas, para além de outras manifestações noutras localidades.

Ben Ali já fugiu da Tunísia; Mubarak não se demite, promete eleições e reformas, mas já há quem garanta que não passa da próxima sexta-feira.

Vamos ver como acabam estes processos revolucionários em curso (PREC) e se vão alastrar a outros países vizinhos.

De lamentar, desde já, as centenas de pessoas que morreram lutando pela Democracia e pela Liberdade nos respectivos países.

(*) grande show da Al-Jazeera.