28.2.07

Alto reforço

Depois de duras negociações, o "Caneta Permanente" consegue o seu primeiro grande reforço.

JD é mais um que "vem para somar" e dar a este espaço uma visão mais elevada e plural das coisas.

É com grande satisfação e orgulho que abrimos as portas a este nosso grande amigo.

Bem-vindo JD
“Caneta Permanente”

26.2.07

Não há meio buraco

É uma regra que se aprende desde os tempos do guelas.

Mas não consta que José Sócrates conheça a regra.

Provavelmente também nunca jogou ao guelas, ao berlinde, nem abafou um ou outro esférico vidrado em finais de tarde lá pela terra natal onde ainda vota apesar de viver há muitos anos em Lisboa.

Hoje, José Sócrates considerou os resultados alcançados pela Justiça em 2006 com absolutamente extraordinários, surpreendentes e até motivadores.

Há razões para a satisfação. Afinal, o número de processos pendentes nos tribunais portugueses diminuiu, nos últimos dois anos. O que acontece pela primeira vez na última década.

Mas… a descida é de 0,4 por cento… ou seja menos 6.675 processos pendentes nos tribunais, num universo de cerca de 1 milhão e setecentos mil que permanecem à espera de resolução.

José Sócrates bem pode continuar a mandar pázadas de terra para a cratera da justiça, que nunca conseguirá meio buraco. Porque meio buraco não existe. Alguém lhe pode explicar?

23.2.07

Zeca Afonso




Porque hoje é dia 23 de Fevereiro, porque faz hoje 20 anos que ele morreu...



Porque convém não esquecer quem merece, porque os verdadeiros Artistas não morrem...


Porque Portugal podia ser melhor... mais justo...


Pelo desassossego, pela Liberdade.

Este sim, merecia o Nobel

Ramos Horta e Ximenes Belo já receberam o Nobel. Num e outro caso, é discutível o contributo para a paz. Ou melhor, é discutível a “abrangência”, a quantidade de pessoas que graças aos esforços “desinteressados” de um e outro, vivem hoje melhor.

Mas sei de um senhor que nunca teve direito a ter um Nobel. E se o merecia.
Faleceu a semana passada com 93 anos. O austríaco Robert Adler.

Foi o inventor do telecomando. Isto sim, um contributo para a paz de milhões e milhões de lares.

Antes do telecomando, gritava-se… Maria, muda lá aí o canal. Era assim em Espanha, nos Estados Unidos e até em Portugal. Cá houve guerras conjugais, desavenças, episódios da “Escrava Isaura” perdidos, porque mal visto entre duas lágrimas deixadas cair pela mulher, e o desinteresse do marido.

Com o telecomando, os casais foram obrigados a descobrir outras formas de desacerto.

Robert Adler Merece o meu respeito.
E pela razões atrás enunciadas, merecia também o Nobel da Paz.

22.2.07

A Madeira da Jardim

Há uns anos, em reportagem na Madeira, e por circunstância em pleno Carnaval, deparei-me com João Jardim, vestido de polícia sinaleiro. Lembrei-me logo de outro “popular” de nome Mário Soares, a andar de bicicleta no seu Alvor, de pança à mostra que o povão gosta.

Entre Soares e Jardim vão algumas diferenças. Desde logo na educação. Mas um e outro julgam-se os pilares da sociedade, um e outro julgam-se os defensores do povo, um e outro pensam que são insubstituíveis, à marcha lenta do nosso país.

Jardim veio à cabeça, na sequência do “demito-me para me candidatar”. As razões básicas apontadas, escoradas em estratégias politicas pessoais que em nada beneficiam Portugal e as ilhas.

Há de facto que passar adiante. Deixar os dinossauros no museu.

E pode ser que um dia as casas por construir na Madeira, deixem de ostentar bandeiras do PPD-PSD. Eu mesmo as vi, e incrédulo perguntei, se eram secções do partido na Madeira…

A resposta foi mais clara e certeira: Quem constrói uma casa e lá desfralda a bandeira do PSD não recebe as visitas dos fiscais…

Viva a democracia de Jardim.

21.2.07

É Carnaval... alguém leva a mal

Um dos únicos episódios em que me lembro do Entrudo me ter dado jeito foi no 8º ou 9º ano de escolaridade, a poucos dias das férias.

A escola secundária onde estudei estava, na altura, sobrelotada e, enquanto se construia a "nº2", foram montados uns pavilhões que serviam de sala de aula. Alguns foram instalados junto da escola agrícola, nossa vizinha, que tinha muitas árvores de fruta e até animais.

Ora, em época de Carnaval, e com aulas junto às vacarias, enchemos a sala com "bombinhas de mau cheiro". Quando a professora chegou o pivete era insuportável, quem pagou foram as vaquinhas e não houve aula de História nesse dia.

Aí, conseguimos o que queríamos: duas horas livres para um jogo de futebol contra a turma de desporto.

Fora este episódio, confesso que não gosto desta "época festiva", não gosto desta palhaçada importada, das escolas de samba com gajas feias, das brincadeiras parvas, dos reis "famosos" que cobram milhares de euros por quatro horas em cima de um carro a lançar sorrisos...

Que me lembre nunca me mascarei e hoje bem percebo o meu professor de Música, no Ciclo, que, uma vez, proibiu todos os meus colegas mascarados de entrar na sala de aula.

É quarta-feira, 1h49 da manhã. Felizmente, já passou o Carnaval.

18.2.07

E esta, hein?

Sem mais comentários, porque há coisas que não podem esperar...

Sex in fast lane halts traffic on Israeli road
JERUSALEM, Feb 18 (Reuters) - Israeli police investigatingwhy a car was blocking traffic in the fast lane of a majorhighway on Sunday found a couple inside having sex. A police spokesman said the female driver and her malepassenger gave in to their passions without pulling over to theside of the road, causing congestion and leaving other motoristshaving to swerve to dodge their stationary vehicle. A patrolman gave the woman a ticket for holding up traffic.


Directamente da Reuters para o "Caneta Permanente"

17.2.07

Aqui vai ser assim... (*)

Este é o meu primeiro post nesta nova casa e, por isso, vamos colocar os “pontos nos ii”.

Aqui vou escrever sobre tudo e sobre nada, sobre coisas sérias e parvoices.

Aqui vou mostrar alegria e tristeza, as coisas que gosto e as que detesto, dizer bem e dizer mal.

Aqui vou escrever sem a pressão das notícias e sem a obrigação do rigor e da isenção.

Aqui, a "tinta permanente", vão ficar registos para memória futura.

Aqui vou ser transparente, vou ser eu...

(*) Aqui vou sempre agradecer ao Zeca que me convidou e a todos aqueles que tiverem a pachorra de nos visitar.

A Primeira Vez

Há sempre uma primeira vez.

Faltava isto. Faltava-nos isto.

Um outro espaço, como um mercado a céu aberto, onde o metro quadrado seguinte pode ser tão diferente do anterior.

Escrevemos em paralelo, eu e ele (para já), certos da diferença como olhamos o mundo, certos da sinceridade de cada pensamento.

Escrevemos lado a lado, como em todos os dias, em secretárias diferentes mas com um mesmo fim.

Escrevemos para nós. E nós somos todos os que por aqui passam. Com ou sem registo da sua viagem.