Ramos Horta e Ximenes Belo já receberam o Nobel. Num e outro caso, é discutível o contributo para a paz. Ou melhor, é discutível a “abrangência”, a quantidade de pessoas que graças aos esforços “desinteressados” de um e outro, vivem hoje melhor.
Mas sei de um senhor que nunca teve direito a ter um Nobel. E se o merecia.
Faleceu a semana passada com 93 anos. O austríaco Robert Adler.
Foi o inventor do telecomando. Isto sim, um contributo para a paz de milhões e milhões de lares.
Antes do telecomando, gritava-se… Maria, muda lá aí o canal. Era assim em Espanha, nos Estados Unidos e até em Portugal. Cá houve guerras conjugais, desavenças, episódios da “Escrava Isaura” perdidos, porque mal visto entre duas lágrimas deixadas cair pela mulher, e o desinteresse do marido.
Com o telecomando, os casais foram obrigados a descobrir outras formas de desacerto.
Robert Adler Merece o meu respeito.
E pela razões atrás enunciadas, merecia também o Nobel da Paz.
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