Pensei que conseguia resistir e não escrever uma linha sobre o actual momento no PSD. Reparem que escolhi as palavras "actual momento" e não "crise" para ser quase tão enigmático como os lideres e candidatos a lideres do Partido Social Democrata.
Isto faz-me lembrar um outro episódio, quando o político Paulo Portas chegava sempre atrasado a conferências de imprensa, ao ponto de dizerem que existia uma hora específica... a hora CDS-PP.
O Psd vai mais longe. Numa altura em que tanto se fala de acordo ortográfico, o PSD incita os portugueses a descobrir o que pretendem dizer os social democratas quando abrem a boca. Uma espécie de desporto nacional.
Menezes inaugurou a coisa, com o seu "não entro na corrida". O que queria dizer? O quê? não entro na corrida quer dizer o mesmo que não vou ás directas? Não entro na corrida quer dizer que já não vai ao circuito do Estoril? À meia-maratona?
Os jornalistas, os comentadores seguiram a peça dúbia, como se o que eles dissessem, não fosse exactamente o que pretendessem fazer.... mais cedo ou mais tarde!
Menezes saiu e acabaram-se as dúvidas: não entrou na corrida.
Eis que aparece Pedro Santana Lopes. E está e volta o desporto nacional da descodificação.
O que pretenderá ele dizer com "estou aqui para o combate". Será que vai para a guerra? Será que é o novo Rambo?
Que coisa bonita.
E como tanta dúvida antes de serem candidatos, é assim que os políticos querem convencer o partido e o país de que quando prometerem um coisa... é mesmo o que prometeram, e não algo que todos julgavam ser... menos eles?
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2 comentários:
O politiquês é um dialecto intrigante, tal como os seus falantes.
Santana Lopes bem disse que ia andar por aí. Num ápice, renasceu das cinzas e assumiu a liderança da bancada parlamentar e, agora, volta a atacar a cadeira do poder do PSD.
Ele lá terá os seus apoios para apresentar a candidatura e um deles suspeito que seja um tal de José Sócrates :)
RVR
Mas há alguém que entenda o PSD?
Quem entende um partido que pensa que Alberto João Jardim, Santana Lopes ou Luís Filipe Menezes, por exemplo, podem (poderiam) serbons líderes para o país?
Só faltava agora o Valentim Loureiro entrar também na corrida, o CDS-PP ir buscar o Avelino Ferreira Torres e o PS ir desencantar a senhora Felgueiras
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