4.2.09

Memórias da "danceteria"

Cabelo comprido, ridículamente encaracolado. Borbulhas.
Calças de ganga como hoje.
Roupa bem lavadinha, que a luz negra dava cabo da reputação.
Pisang Ambon. Dançar como se tivesse uma guitarra na mão.
Saber o máximo de letras de cor e salteado. E genica para muitas horas de diversão.
As matinés do Lido eram, para muitos como eu, uma das poucas coisas boas que se podiam fazer na Amadora, nos furiosos anos 80, em que o outro sexo tinha o apelo do desconhecido.
O Lido ardeu. Com ele a "danceteria" e os cinemas. A loja dos discos. A casa de dança que Raul Durão criou.
Com esta memória, arrastam-se tantas outras, de velhos amigos. Uns que já voltei a ver, e que me pareceram velhos e cansados. Outros mais gordos.
Outros que nunca mais vi. Arrastados pela droga, os assaltos aos quiosques, a desvios para lá do legal.
Memórias de fim-de-ano de corar muito rebelde dos anos de hoje. Banhos de madrugada de Inverno na Praia das Maçãs. Futeboladas após marcha de quilómetros no Jamor.
Ficam alguns nomes de momentos felizes: Patana, Careca, Tendas, Traina, China, Gonças. Por onde andam?

2 comentários:

rvr disse...

Uma questão que me atormenta há vários anos... porque é que toda a gente tem um amigo chamado "China" :)

Agora mais a sério. Às vezes gostava de ter uma máquina do tempo para reviver momentos com as seguintes pessoas: Fernando "Irmão" Rodrigues, Sandra Lorente, Isa, Bela, Miguelão, Rui "Maradona" Miranda, Paulo, "Duarts", João AMS, Serpa, João MDW, Renatoman, Inês e Patrícia Gomes. Tenho saudades vossas pessoal!

Carlos Calaveiras disse...

Eu também me lembro de uma malta que gostava de rever: o Sérgio, o Marinho, o Formiga, o Jordão, o Tó Ruca, o Avelar, o Tó Vítor, o Casé, o Benetton, o Vinha, o Viktor e outros.

Malta do prédio, malta da escola, gajos fixes...

E as miúdas, a Ana Luisa, a Rute, a Susana, a Anabela, a Catarina