13.1.08

Manifesto anti-tabaco

Quem der uma voltinha pela cidade de Lisboa, por exemplo a meio da tarde, não pode deixar de reparar "neles".

Estão por todo o lado, em grupos, normalmente à porta de edifícios, por entre uma nuvem de fumo.

A nova lei do tabaco obrigou os fumadores a mudanças de hábitos e a novos rituais, a bem da saúde pública e de quem não fuma, como eu e a maioria dos portugueses.

Trabalhei algum tempo numa sala com pouco mais de meia dúzia de metros quadrados, sem janelas ou qualquer tipo de ventilação, e tendo como companhia uma pessoa que fumava dois a três maços de tabaco por dia. Era um ambiente "espectacular".

O trabalho era em part-time e as quatro horas diárias que lá passava vacinaram-me contra o horror ao fumo. Depois daquilo, pior só trabalhar na chaminé da Quimigal, ou coisa do género.

Da próxima vez que for a um restaurante, já não vou sair de lá a tresandar a fumo de cigarros, nem com os olhos a arder e os meus pulmões agradecem.

Fiquei espantado com as reacções de alguns "opinion makers" fumadores que se consideram perseguidos e discriminados, mas nunca se preocuparam com o facto de o seu fumo estar a "contaminar" os outros.

A minha liberdade acaba onde começa a dos outros é uma máxima que se deve aplicar nesta e noutras situações da vida. O mundo seria um lugar melhor.

2 comentários:

Carlos Calaveiras disse...

Eu também não fumo, mas confesso que não gosto de fundamentalismos.

Percebo que não se deixe fumar em restaurantes e que se evite fumar em locais de trabalho com muita gente.

Agora, custa-me a perceber que, por exemplo, não haja salas de fumo em todos os pisos ou que, por exemplo, não se possa fumar em varandas.

Por outro lado, há aqui uma questão deveras importante: os fumadores precisam de cerca de 10 minutos por cigarro, se fumarem um por hora gastam 70 minutos ao fim das sete horas de trabalho...

Ora quem não fuma como nós, como é que faz? É que estamos a ser prejudicados ao sermos obrigados a trabalhoar mais 70 minutos que os fumadores.

Anónimo disse...

Apoio na íntegra o post de rvr. É incrível como tantos fumadores se consideram alvo de perseguição e nunca pensaram que o seu fumo perseguia quem não fuma - em discotecas, em bares, em restaurantes, dentro da sua própria casa...

O outro lado da moeda nunca é visto porque quem só pensa na SUA liberdade, no SEU umbigo.

Eu também não gosto de fundamentalismos, mas gosto de respeito. Eu tento respeitar os outros e não vejo mal em que fumem nas varandas (com as portas fechadas ou bem encostadas).

É tudo uma questão de liberdade... para todos!

MGC