Há muitos, muitos anos, tive as melhores férias da minha infância.
Foi na Ericeira, num pequeno forte, num promontório, onde o pátio da habitação acabava num muro com vista para o mar.
Ainda lá está, em pedra, com janela em forma de “óculo”, imponente nas suas duas ou três divisões a espreitar o mar revolto indiferente ao vento forte de todas as horas.
Foram umas férias magníficas. Tinha uma bicicleta azul. E o meu pai fazia-me papagaios com papel de jornal e canas que largava no céu. De dia, raramente íamos à praia, ficávamos pelas rochas à procura de percebes e polvos. Já lá voltei.
E tudo isto para vos contar que no final do dia, debaixo de uma lâmpada fraquinha lia o que os outros utilizadores do forte lá tinham deixado. Lembro-me de uma série de livrinhos do “Major Alvega”.
Era mais do que emocionante. Terminava as minhas noites de menino no meio de mil aventuras e outros sonhos maravilhosos com um sem número de piruetas no meu avião feito de nada.
Há dias, num flash, lembrei-me de tudo o que vos conto agora. Foi depois de ter visto um “telex” (será que ainda lhe posso chamar assim), que dava conta do regresso do “Major”.
Uma estória apenas, comemorativa dos 50 anos da personagem.
120 páginas, de uma estória passada em 1942, com o piloto a ser enviado para uma base norte-americana no Norte de África para travar o avanço das tropas alemãs ás ordens de Hitler.
Vai ser editada pela BDMania, e garanto que por amor ao passado… eu não quero perder!
PS: Estamos de parabéns. Este é o post número 300!
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1 comentário:
Bela maneira de assinalar o post 300.
Quando era gaiato não li o Major Alvega, mas tinha como companhia outras bd's parecidas da II Guerra Mundial. Os americanos na altura eram bons, os alemães e os japoneses eram os mais, e o mundo era muito mais fácil.
abraço
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