29.10.09

Isenção

Acalmada a polémica gerada pelo "caso das escutas", é altura de abrir o debate - uma das vertentes do debate - sobre o jornalismo que se faz em Portugal.

Desde que me lembro, salvo raras excepções que terminaram mal, os jornais portugueses são "isentos" (dentro daquilo que é possível estanto a falar de pessoas, jornalistas, com posições e opiniões).

É esta a "escola" mais habitual na Europa mas, por exemplo, em países como Estados Unidos e Inglaterra é normal que os jornais (as administrações) tomem posições políticas e escolham os seus candidatos.

Isso não impede (não pode impedir) que os profissionais desse órgão possam fazer um trabalho jornalisticamente correcto.

Não é que prefira, mas confesso que não me choca que um órgão de comunicação social assuma posições, desde que isso seja perfeitamente assumido e publicamente declarado.

O pior é quando os "fretes" são feitos pela calada e sob a capa do rigor, da credibilidade e da isenção.

PS: É curioso que depois do que se passou em Portugal entre Sócrates e a TVI, agora, nos Estados Unidos, o Presidente Obama ande às turras com a Fox News. Quem já viu a informação deste canal percebe a irritação dos Democratas e de Obama em particular.

1 comentário:

rvr disse...

Eu acho que estes últimos casos provam que a generalidade da comunicação social não é isenta, mas sim movida por interesses mais ou menos obscuros.