Decisão (muito) surpreendente esta a do Comité Nobel de dar o Nobel da Paz a Barack Obama.
É verdade que o mundo viu no novo presidente dos Estados Unidos uma nova "luz" (muito por culpa da sua "estória" de vida, pelos seus belos discursos, mas também - e especialmente - por ter surgido após os oito anos de "trevas" de Bush).
É verdade que Obama tem tentado dar passos no caminho certo (diminuição de armas nucleares, aprovação de Quioto) mas estes são pequenissimos passos e pouco palpáveis.
As guerras no Afeganistão e no Iraque continuam, o Médio Oriente é uma "never ending story", a Coreia do Norte e o Irão continuam a preocupar, o Darfur ainda é uma realidade... e, para tudo isto e muito mais, o líder norte-americano ainda nada conseguiu fazer (até porque - convém relembrar - só está no cargo há nove meses).
E esta questão do tempo no cargo não é, apenas, um pormenor se nos lembrarmos que as "candidaturas" ao Nobel da Paz fecham em Fevereiro (Obama venceu em Novembro, mas tomou posse apenas em Janeiro).
Apostar, às cegas, numa esperança (por maior e mais desejada que seja) é suficiente para ganhar o Nobel da Paz? Penso que não.
Declaração de interesses: sabem os que visitam este blog que eu puxei e vibrei com a vitória de Obama nas eleições norte-americanas e que também eu acredito que ele pode melhorar a América e o Mundo. Apesar disso - repito - este prémio é um exagero (já para não dizer estupidez) e até pode ser contraproducente.
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1 comentário:
Eu concordo com a atribuição do Nobel da Paz a Obama.
Outros também o merecem, mas há um antes e um pós Obama e isso já se pode constatar na conjuntura internacional.
já se esqueceram que há uns meses atrás o mundo vivia imerso em trevas sem fim à vista?
Obama foi ao coração do mundo árabe dizer que está disponível para falar com todos, de igual para igual. Fez o mesmo em relação a Cuba, ao Irão, à Coreia do Norte.
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