Cavaco Silva voltou a promulgar um diploma (agora a nova lei do financiamento dos partidos), apesar de ter dúvidas e/ou não concordar com o seu conteúdo.
Já não é a primeira vez que o Chefe de Estado opta por esta solução, sendo que o ponto mais emblemático desta "estratégia" foi no caso do casamento homossexual (*).
A pergunta que se coloca é: para que raio serve um Presidente da República que nunca veta leis ou que deixa passar diplomas com os quais não concorda? Está com medo de quê? De perder votos?
O poder do veto é isso mesmo: um poder que deve ser utilizado sempre e quando o Chefe de Estado assim o entenda. Mas Cavaco tem razão: o poder do voto é maior que o poder de veto.
E, se é para ter um "assina leis" em Belém, independentemente do seu conteúdo, sem opiniões ou discordâncias sobre nada, se calhar, convém mesmo que os portugueses votem noutro nas eleições de Janeiro.
(*) neste caso, confesso, até apreciei que o senhor Presidente tenha deixado passar esta lei, continuo a achar que o casamento homossexual foi um avanço.
14.12.10
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1 comentário:
O veto político tem o poder que tem, mas é melhor do que promulgar leis com "recadinhos".
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