17.2.08

Um ano

Parece que foi ontem, mas já passou um ano desde que o Zeca abriu assim esta nova casa, que depois se tornou também nossa e vossa.

Em 365 dias foram 169 posts...

Uns muito sérios, outros mesmo parvos.

Quase tudo passou por aqui, a quatro vozes: o dia-a-dia, as nossas desilusões e angústias, os nossos gostos e heróis, as nossas homenagens sentidas...

Vamos continuar por aqui, iguais a nós próprios, quando nos apetecer, para desabafar livremente...

14.2.08

Mistura explosiva

Quem é que foi o génio que decidiu juntar na mesma data o Dia dos Namorados e o Dia da Disfunção Eréctil?

13.2.08

Contos Apátridas

Estou perto de fechar o livro.

São 180 páginas que devoro na travessia casa-trabalho-casa, com o prazer de me surpreender a cada página, a cada linha, a cada letra.

É um livro de bolso, compra de última hora na Fnac. Um livro de autores de língua espanhola, parte substancial nascida na América latina.
Já viram quantos escritores magníficos tem a língua espanhola?

O que mais me impressiona em cada um deles é a genuinidade, o facto de serem cidadãos do mundo, e conseguirem transmitir isso nas suas estórias.

Parte deles aprendeu a tarefa em contos para jornais, em “perninhas” a fazer jornalismo. Jornalismo à moda antiga, entenda-se, com sal e pimenta, sem crueza das notícias escritas e publicadas dos dias de hoje, sensaboronas, transparentes, tão transparentes que poucos se dignam a ler. Com risco é certo. Mas com prazer.

Não os invejas?

Estes escritores vêm de países que fizeram revoluções com sangue, onde desapareceram pessoas sob o jugo de ditadores, onde o povo dormiu em camas de rede, e fez amor e amou e traiu com as camisas de linho coladas ao corpo entre a humidade do ar e o suor.

Falam de coisas que já vi, outras que imagino. Falam de palácios Rosa, de praças imensas, de rios e de barcaças, de plantas exóticas, e Jacas como me ofereceram num Natal memorável pelas piores razões em plena Venezuela e de casas caiadas de branco como vi em Tegucigalpa. Falam enfim de gente como eu e como tu. Falam e escrevem nos livros como gente, como pessoas.

O livro chama-se “Contos Apátridas”. E custa 1 euro.

10.2.08

2.36

Eu sou completamente contra a pena de morte e tenho dúvidas que a prisão perpétua resolva alguma coisa, mas há situações...

Reparem nesta notícia da Lusa:

O condutor de um dos veículos envolvidos numa colisão na madrugada deste sábado na A23, em Castelo Branco, de que resultou um morto e um ferido grave, apresentava uma taxa de álcool de 2,36, disse a BT/GNR.
O acidente ocorreu cerca das 00:35, na zona de Benquerenças, ao quilómetro 112, no sentido sul/norte, envolvendo duas viaturas ligeiras.
Uma das viaturas, por causas ainda desconhecidas, embateu na traseira da outra, onde seguiam três cidadãos de nacionalidade ucraniana, residentes em Penamacor, provocando a morte de um homem de 51 anos e ferimentos graves no que seguia no banco do «pendura».
A outra viatura acidentada registou apenas danos materiais, informou a mesma fonte.
A vítima mortal acabou por morrer nos Hospitais da Universidade de Coimbra, para onde tinha sido levada depois de uma passagem pelo Hospital de Castelo Branco.


Convém só recordar que acima de 0.5 já é crime.

É em situações como esta que tenho dúvidas se os 25 anos de prisão não são uma pena leve.

8.2.08

As notícias que ninguém lê

Confesso que sou um devorar de notícias ditas de "faca e alguidar" e a última que encontrei aconteceu nos Estados Unidos.

Como é sabido, os americanos praticamente só conduzem carros com mudanças automáticas, para não terem muito trabalho e porque carregar na embraiagem com o pé esquerdo e meter a mudança com a mão direita é coisa do terceiro mundo.

Segundo o "DN", um casal foi assaltado por um "carjacker" quando estacionava o seu carro de mudanças manuais.

O bandido tentou levar a viatura, mas quando se sentou ao volante olhou para as mudanças, terá dito "what the fuck?" e não conseguiu levar o carro, acabando por se ir embora a pé, sem honra nem glória.

Por isso, se forem aos EUA, andem sempre num carro com mudanças manuais e até o podem deixar as portas abertas que ninguém o leva.

6.2.08

Malditos jornalistas. Que difamação.

Não é que "O Público" voltou à carga a difamar o nosso primeiro?
Mais fotografias, comentadas, que provam o jeito para a engenharia do nosso primeiro.
Sim senhor. Eu se tivesse assinado tantos projectos bonitos assim, também não aceitava que eu dissesse que tinham sido outros os seus responsáveis.

Ora confiram lá, aqui:

Um dia destes, publico o desenho de uma casa do meu filho que tem três anos e meio para verem as diferenças

5.2.08

Cá eu confessava...

A história tem uns dias, e garante-me o primeiro-ministro, que inclui a tese da cabala.
José Sócrates é acusado de ter assinado projectos de outros colegas.
O nosso primeiro nega. Tudo o que assinou era dele.
Ora o "Público" descobriu um projecto de Sócrates e tirou-lhe o retrato:


A ser verdade Sr.PM confesse.
Diga que este projecto não é seu.
Confesse que esta "casa de banho" com portas e janelas de alumínio foi obra de um colega de quem nem já se recorda o nome.
Se for preciso minta.
Mas diga que isto não é obra sua...

Yes we can...

Esta é a "Super Terça-Feira", aquela que pode decidir muita coisa na corrida eleitoral dos Estados Unidos.

Estou com Barack Obama e este discurso explica porquê.

Se calhar preferem esta versão musical.

We want change...

3.2.08

Isto é um assalto...

Eu, se fosse logista, teria o meu estabelecimento encerrado nesta altura dos saldos. À vista, apenas deixaria uma placa com a frase: “Desculpem...”.

Mas, “Desculpem” porquê?

É simples, há que ter respeito pelos consumidores e isso não acontece, sendo que estes são autenticamente assaltados, mesmo sem arma, sempre que vão às compras.

Se agora conseguem vender os seus produtos com 50 e 70% (!!) de descontos – com certeza ainda com margem de lucro porque ninguém trabalha para perder dinheiro – então isso quer dizer – se dúvidas houvesse - que nos andaram a roubar nos meses anteriores.

Atenção, “Roubar” é a palavra certa e, sinceramente, não entendo como é possível que, por exemplo, a ASAE ou a Autoridade da Concorrência não actuem e deixem que este escândalo continue ano após ano.

Claro que agora dá jeito ir às compras, a questão é o que se passa fora da “época de saldos”.

2.2.08

... no país das maravilhas (*)

As recentes e reiteradas declarações do novo Bastonário da Ordem dos Advogados são graves. Esperemos que, desta vez, se faça alguma coisa e não caia tudo em saco roto.

O procurador-geral da república já mandou abrir um inquérito, entregue a Cândida Almeida, agora é só esperar resultados.

Aquilo que Marinho Pinto tem dito já nós ouvimos há alguns anos e realmente há casos inacreditáveis que levantam dúvidas: Para além da "estória" do prédio em Coimbra, que aumentou mais de cinco milhões de euros da manhã para a tarde do mesmo dia, todos já ouvimos falar de Ferreira do Amaral e da Lusoponte ou de Pina Moura e a Iberdrola, por exemplo.

Como não quero acreditar que Marinho Pinto seja maluco e como aprecio a sua frontalidade, espero que isto dê alguma coisa... e não se prove que vivemos num "país de fantasia" em que se fala de tudo, se sabe de "coisas", mas nunca se prova nada e todos vão cantando e rindo.

(*) Título relembrado por Fernando Seara comentando outro caso trágico das últimas semanas em Rio de Mouro.