Já tinha passado muitas vezes pelo homem estátua, mas desta vez foi ele que se cruzou comigo.
Ainda estava com a sua farda de trabalho, tinha a cara pintada e trazia um saco de compras na mão.
Perante tão inesperada figura nocturna, os papéis inverteram-se e fui eu que congelei de espanto durante uma fracção de segundo.
Trabalho solitário do homem estátua, pensei. Sem colegas, sem chefes, sem amigos, sem rivais, sem e-mail, sem telefones... sem twitter. Sozinho com os seus pensamentos, observando quem passa em perpétuo movimento.
Por estas razões e mais algumas, o seu tempo não é igual ao nosso. Os seus dias são intermináveis, eternos, logo, mais felizes ou mais tristes, porque de pedra não é o coração do homem estátua.
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