22.7.09
Crítica de vinhos
Um dos meus passatempos favoritos é ler crítica de vinhos, apesar de sobre o assunto perceber tanto como de Astrofísica Molecular Aplicada ao Meio Interestelar em Combinações Binárias Analíticas.
Os autores dessas apreciações não se limitam a dizer se a pinga é boa ou não, eles pintam o quadro usando todas as cores da paleta, deitando mão a todo o género de substantivos, adjectivos, metáforas e outras figuras de estilo para descrever o sumo da uva.
Para estes senhores, o vinho não é simplesmente colocado numa pipa, o vinho “estagia” ou “descansa”.
A seguinte frase que retirei de uma crítica ao Bacalhôa Moscatel Roxo 1998 é um exemplo daquilo que vos tenho vindo a falar neste post: “Muito rico de aromas num nariz que abraça notas de mel, laranja cristalizada, bolo inglês, figo em passa e flores”.
Se um vinho me cheirasse a laranja cristalizada eu ia à loja, fazia um escândalo e exigia a troca por um Camilo Alves de 2009.
Lendo esta crítica, fiquei também a saber que o Bacalhôa 1998 está “bem no vigor gustativo” e que é “Longo, muito longo”.
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2 comentários:
Quando for grande quero ser como tu.
Ó pá, mas a verdade é que o Moscatel Roxo da Quinta da Bacalhoa tem mesmo notas de mel e de frutas cristalizadas... Já experimentaste?
E tem um excelente final de boca. Longo... :)
Ana Cabrita
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