A isenção jornalística não existe, apenas o profissionalismo ou a falta dele.
Qualquer ser humano, pensante, tem opinião e toma posição sobre tudo o que está a ocorrer à sua volta, estando ou não a trabalhar. Claro que um jornalista tem "obrigações especiais" porque, se for um bom profissional, tem que contar o essencial do que está a ver e mostrar sempre todos os lados da questão.
Mas, nesta profissão corre-se sempre o risco de ser "preso por ter cão e preso por não ter" porque tudo pode mudar consoante quem estiver a ver ou a ouvir o nosso trabalho. O desporto e a política são, talvez, os dois temas mais problemáticos. Com a melhor das intenções escrevemos: "O PS desce" ou "O PSD sobe" e levamos na cabeça por qualquer uma das formas; escrevemos "O Benfica ganha" ou "o Sporting perde" e caem-nos em cima "lampiões" e "lagartos" com expressões poucos simpáticas para as nossas mães.
Isto é - digamos - normal e já nos terá acontecido a todos.
O que já não é normal é o "jornalista" que se deixa condicionar conscientemente, não procura confirmar informações ou o contraditório e esquece factos importantes para, assim, provar uma qualquer teoria. Isso, meus amigos, é desonesto e, portanto, NÃO é jornalismo.
Imaginam uma noite eleitoral sem ouvir todos os partidos com assento parlamentar? Não, pois não? Pois é, fazer resumos de um jogo de futebol onde, por exemplo, não se vê um golo alegadamente mal anulado a uma das equipas não é sério, não é ético, NÃO é jornalismo.
7.3.11
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1 comentário:
Essas pessoas não são jornalistas, são manipuladores da realidade.
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