3.3.22

Uma guerra filha da mãe

Já um dia classificaram conflitos relevantes como a mãe de todas as guerras. Desde logo, nos idos de 1914, com início no atentado a Francisco Ferdinando, o arquiduque morto num atentado em Saraivo, e que pouco mais de um mês depois, refez as fronteiras da Europa. Ouvimos de novo a expressão, mãe de todas as guerras nas intervenções ao Iraque. No caso da invasão/ofensiva militar à Ucrânia, bem podemos falar de uma guerra filha da mãe. Por um lado, porque saia lá quem sair vencedor, uma coisa é certa: Putin ganhará sempre a guerra, mesmo que a vá perder, o que é improvável. Ao resto da Europa, resta-lhe correr atrás de um gigantesco prejuízo: Refazer uma União Europeia virada também para a sua defesa comum, criar um novo paradigma energético, em vez de apostar meramente no crescimento económico, assente em elevar as economias decadentes, controlar os estados pior comportados. O beco sem saída, podia ser bem mais fechado, se em vez de Joe Biden estivesse Donald Trump no poder. Enfim, é viver com o que temos nesta guerra filha da mãe.

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