30.9.10

A crise

E pronto, aí está o "PEC3": Corte de 5% nos salários da administração pública; IVA sobe para 23%; Pensões congeladas em 2011 e mais uma série de alterações.

Estas novas medidas de austeridade foram apresentadas ontem, naturalmente à hora do Benfica, por um primeiro-ministro com ar pesaroso. A crise obriga a mais este esforço, disse o primeiro-ministro. Já o ministro das Finanças diz que dormiu mal, mas que tinha que fazer o que foi feito.

Ora, posto isto, surgem-me uma série de questões:
  • mas o PEC2 de Maio não era suficiente?
  • mas o país não estava a crescer?
  • mas as despesas não estavam controladas?

E depois destas, outras:

  • o aperto tinha mesmo que ser no IVA (o imposto cego)?
  • não havia aí umas fundações/institutos para fechar?
  • não havia ai uns impostos sobre as mais valias bolsistas, os "off-shores" ou para a banca que podiam ser criados?
  • era mesmo preciso cortar no rendimento social de inserção e nos abonos?
  • já que estamos assim tão mal, não era melhor assumir de vez que não há TGV e que, se calhar, é melhor fazer o novo aeroporto com mais tranquilidade?

Agora, a última pergunta:

  • será que vai haver PEC4?

Depois disto tudo, lembrei-me de uma frase de um ex-Presidente da República: "Há mais vida para lá do défice". Será que não havia outra maneira de endireitar as contas?

1 comentário:

rvr disse...

O mundo mudou... outra vez :)

Ainda por cima a ministra da Saúde vai diminuir a comparticipação dos anti-depressivos :)