Os anos passam, mas há coisas que os portugueses parecem fazer questão de não deixar cair no esquecimento.
As largadas de touros por exemplo. E os ralis.
De facto parece tudo a mesma coisa. Venha de lá o touro, ou a máquina brutal que os “tugas”, comportam-se da mesma maneira. Senão vejamos:
Levam sempre farnel. E umas bejecas ou um tintol. Ficam excitadíssimos quando o bicho ou o carro aparecem na curva. Primeiro põe-se a jeito e depois tentam fugir.
E depois acontece o que se viu no Algarve.
Uma mão cheia de feridos, um piloto português que deve ter ficado lixado para o resto da prova.
Mais grave é entre os feridos estarem alegadamente fotógrafos, pelo menos um deles com acreditação.
Ainda não deve ter conseguio convencer o patrão a comprar uma teleobjectiva. Deveria dar para descontar no IRS, como um seguro. É que à distância... dificilmente se leva com um carro em cima.
Foi azar. As melhoras…
30.3.07
29.3.07
“Estórias” de bola
Em vésperas do clássico Benfica – FC Porto, que pode colocar os “encarnados” no comando do campeonato, lembrei-me de um jogo com características semelhantes.
Época 2000/01, jornada 22, estádio da Luz, partida entre Benfica e Boavista, 2º e 1º classificados, dois pontos de distância.
No comando técnico da equipa “encarnada” estava Toni, já depois de Jupp Heynckes e do estreante José Mourinho.
O Benfica tinha começado muito mal o campeonato e chegou a estar a 10 pontos da liderança. Com Mourinho ganhou uma equipa (onde se destacavam Maniche, Fernando Meira, João Tomás, Miguel, Poborsky e Van Hooijdonk) e com Toni recuperou até ao jogo decisivo.
Tal como agora, em caso de vitória, o Benfica assumia o comando.
O jogo não foi grande coisa, os donos da casa pressionaram e a cerca de 10 minutos do fim, o momento decisivo: jogada de Carlitos pela direita, remate de Van Hooijdonk ao poste.
No final, 0-0 e oportunidade desperdiçada.
A partir dai, o descalabro total até ao fim da prova: 12 jogos, 6 derrotas, 4 empates, 2 vitórias, sexto lugar final. Campeão? O Boavista de Jaime Pacheco.
Agora, a 1 de Abril de 2007, o Benfica recebe o líder FC Porto com um ponto de atraso. Vamos ver o que acontece...
Época 2000/01, jornada 22, estádio da Luz, partida entre Benfica e Boavista, 2º e 1º classificados, dois pontos de distância.
No comando técnico da equipa “encarnada” estava Toni, já depois de Jupp Heynckes e do estreante José Mourinho.
O Benfica tinha começado muito mal o campeonato e chegou a estar a 10 pontos da liderança. Com Mourinho ganhou uma equipa (onde se destacavam Maniche, Fernando Meira, João Tomás, Miguel, Poborsky e Van Hooijdonk) e com Toni recuperou até ao jogo decisivo.
Tal como agora, em caso de vitória, o Benfica assumia o comando.
O jogo não foi grande coisa, os donos da casa pressionaram e a cerca de 10 minutos do fim, o momento decisivo: jogada de Carlitos pela direita, remate de Van Hooijdonk ao poste.
No final, 0-0 e oportunidade desperdiçada.
A partir dai, o descalabro total até ao fim da prova: 12 jogos, 6 derrotas, 4 empates, 2 vitórias, sexto lugar final. Campeão? O Boavista de Jaime Pacheco.
Agora, a 1 de Abril de 2007, o Benfica recebe o líder FC Porto com um ponto de atraso. Vamos ver o que acontece...
28.3.07
O que é isso agora de ...
... uma cerveja sem álcool com sabor a pêssego ?
Se eu quiser um bebida sem álcool e com sabor a pêssego, mais vale beber um Compal !
Se eu quiser um bebida sem álcool e com sabor a pêssego, mais vale beber um Compal !
26.3.07
O grande tesouro deprimente
Na linha do post anterior, tinha de escrever sobre isto.
Primeiro, sem ter ainda em conta quem venceu, a final dos Grandes Portugueses, tal como todo o concurso em si, foi uma grande fantochada. Comparar pessoas que nada têm a ver, atribuir notas, arredondadas à décima, ao seu génio e bravura ...
E mais uma vez aquela lógica maniqueista e redutora na apresentação dos personagens : bom ou mau?
Até dava para chorar, se não fosse para rir ...
Todos aqueles minutos de emissão televisiva são de facto um grande tesourinho deprimente que fica para a historia.
Depois, o resultado final. O "grande português" é com que então o homem que mais contribuiu para o atraso deste país. O homem que construiu e fez perdurar um país de analfabetos e ignorantes.
Um homem sem qualquer visão de futuro, que queria um país a viver permanentemente no passado. E nao olhou a meios para isso.
Só me ocorre uma palavra, É uma vergonha.
Até escreveria mais, se não me sentisse já suficientemente enojado com tudo isto.
Primeiro, sem ter ainda em conta quem venceu, a final dos Grandes Portugueses, tal como todo o concurso em si, foi uma grande fantochada. Comparar pessoas que nada têm a ver, atribuir notas, arredondadas à décima, ao seu génio e bravura ...
E mais uma vez aquela lógica maniqueista e redutora na apresentação dos personagens : bom ou mau?
Até dava para chorar, se não fosse para rir ...
Todos aqueles minutos de emissão televisiva são de facto um grande tesourinho deprimente que fica para a historia.
Depois, o resultado final. O "grande português" é com que então o homem que mais contribuiu para o atraso deste país. O homem que construiu e fez perdurar um país de analfabetos e ignorantes.
Um homem sem qualquer visão de futuro, que queria um país a viver permanentemente no passado. E nao olhou a meios para isso.
Só me ocorre uma palavra, É uma vergonha.
Até escreveria mais, se não me sentisse já suficientemente enojado com tudo isto.
salAZAR
Sem surpresa, confirmou-se esta noite que António Oliveira Salazar venceu o programa “Os Grandes Portugueses”.
Em primeiro lugar, não deixa de ser irónico que tenha sido um ditador, que impediu eleições livres, prendeu e torturou a oposição, a vencer um simples concurso popular.
Depois, apesar deste ser, apenas, um concurso – e não um referendo nacional – não deixa de ser preocupante que Salazar o tenha vencido.
Não sei se o homem que comandou o país durante quarenta e tal anos teve tantos votos porque há muitos salazaristas, mais ou menos escondidos, no país ou se este foi um mero sinal de protesto, mas, seja como for, deveria ser um alerta para todos.
O facto do desemprego ser crescente e das pessoas estarem furiosas com algumas medidas do Executivo de Sócrates pode ter ajudado Salazar a ganhar; o facto de Cunhal estar na lista pode ter ajudado Salazar a vencer; o facto de nós sermos um país de saudosistas conservadores pode ter ajudado Salazar a vencer.
A única boa notícia da lista final dos “Grandes Portugueses” foi o terceiro lugar de Aristides Sousa Mendes, talvez um dos menos conhecidos e, seguramente, um dos que menos voto militante (e, portanto, algo inquinado) teria.
PS: Como se vê pelos dois últimos posts, "Estou chateado, claro que estou chateado" com algumas coisas, mas há fases assim. Desculpem.
Em primeiro lugar, não deixa de ser irónico que tenha sido um ditador, que impediu eleições livres, prendeu e torturou a oposição, a vencer um simples concurso popular.
Depois, apesar deste ser, apenas, um concurso – e não um referendo nacional – não deixa de ser preocupante que Salazar o tenha vencido.
Não sei se o homem que comandou o país durante quarenta e tal anos teve tantos votos porque há muitos salazaristas, mais ou menos escondidos, no país ou se este foi um mero sinal de protesto, mas, seja como for, deveria ser um alerta para todos.
O facto do desemprego ser crescente e das pessoas estarem furiosas com algumas medidas do Executivo de Sócrates pode ter ajudado Salazar a ganhar; o facto de Cunhal estar na lista pode ter ajudado Salazar a vencer; o facto de nós sermos um país de saudosistas conservadores pode ter ajudado Salazar a vencer.
A única boa notícia da lista final dos “Grandes Portugueses” foi o terceiro lugar de Aristides Sousa Mendes, talvez um dos menos conhecidos e, seguramente, um dos que menos voto militante (e, portanto, algo inquinado) teria.
PS: Como se vê pelos dois últimos posts, "Estou chateado, claro que estou chateado" com algumas coisas, mas há fases assim. Desculpem.
Engolir uns SAP(os)
Eu fui um dos 2573406 eleitores que ajudou a colocar José Sócrates no Governo.
Confesso que, nesse 20 de Fevereiro de 2005, o meu principal impulso era o de impedir que Santana Lopes e Paulo Portas continuassem a (des)governar o país. Aqueles quatro meses de Executivo “santanista” serviram, perfeitamente, para o anedotário do país, mas não, seguramente, para o progresso de Portugal.
Também afirmo aqui, sem hesitar, que não sou propriamente fã de José Sócrates, especialmente porque me faz confusão esta espécie de “terceira via” do novo socialismo em que, ao mesmo tempo, se dá um “doce” à esquerda e dois ou três “bolos” à direita, tudo com a mesma convicção e “cara de pau”.
Passados dois anos, em maioria absoluta, é indiscutível que há muito que discutir e bastante que falar sobre este Governo maioritário.
O ataque a alguns estados corporativos e a algumas benesses instituídas, juntamente com o combate à fraude e evasão fiscais, parecem-me os pontos mais positivos da governação e era bom que esse crivo continuasse apertado.
Agora, há aspectos que não podem ser escamoteados e que fazem parte das principais promessas de Sócrates: o combate ao défice, a criação de emprego e a recuperação económica.
Só o primeiro destes tópicos está a correr dentro do prometido mas, como disse Sampaio em Belém, deve haver mais vida para além do défice.
Como a Terra que gira, a recuperação económica é tão lenta que a subida nem se nota no sítio que interessa que é o bolso dos portugueses.
Quanto ao emprego, é bom nem falar: o PS prometeu mais 150 mil postos de trabalho mas, ao contrário, o que se tem visto é o desemprego a atingir valores recorde e já há quem diga que a marca dos 500 mil desempregados já foi ultrapassada.
E é aqui que, verdadeiramente, a “porca torce o rabo” porque um Governo que se diz socialista não pode nunca fechar os olhos a isto.
É que, sinceramente, estou-me borrifando para o défice abaixo dos 3%, para o simplex e o choque tecnológico, a Ota e o TGV… se isso implicar mais empresas a fechar, pessoas sem médico de família nem SAPs, miúdos sem escola ou ATLs.
Contra tudo e contra todos, incluindo o défice, na saúde, na educação e na segurança social não pode haver cortes…
Chamem-me o que quiserem, mas é tudo uma questão de prioridade.
Confesso que, nesse 20 de Fevereiro de 2005, o meu principal impulso era o de impedir que Santana Lopes e Paulo Portas continuassem a (des)governar o país. Aqueles quatro meses de Executivo “santanista” serviram, perfeitamente, para o anedotário do país, mas não, seguramente, para o progresso de Portugal.
Também afirmo aqui, sem hesitar, que não sou propriamente fã de José Sócrates, especialmente porque me faz confusão esta espécie de “terceira via” do novo socialismo em que, ao mesmo tempo, se dá um “doce” à esquerda e dois ou três “bolos” à direita, tudo com a mesma convicção e “cara de pau”.
Passados dois anos, em maioria absoluta, é indiscutível que há muito que discutir e bastante que falar sobre este Governo maioritário.
O ataque a alguns estados corporativos e a algumas benesses instituídas, juntamente com o combate à fraude e evasão fiscais, parecem-me os pontos mais positivos da governação e era bom que esse crivo continuasse apertado.
Agora, há aspectos que não podem ser escamoteados e que fazem parte das principais promessas de Sócrates: o combate ao défice, a criação de emprego e a recuperação económica.
Só o primeiro destes tópicos está a correr dentro do prometido mas, como disse Sampaio em Belém, deve haver mais vida para além do défice.
Como a Terra que gira, a recuperação económica é tão lenta que a subida nem se nota no sítio que interessa que é o bolso dos portugueses.
Quanto ao emprego, é bom nem falar: o PS prometeu mais 150 mil postos de trabalho mas, ao contrário, o que se tem visto é o desemprego a atingir valores recorde e já há quem diga que a marca dos 500 mil desempregados já foi ultrapassada.
E é aqui que, verdadeiramente, a “porca torce o rabo” porque um Governo que se diz socialista não pode nunca fechar os olhos a isto.
É que, sinceramente, estou-me borrifando para o défice abaixo dos 3%, para o simplex e o choque tecnológico, a Ota e o TGV… se isso implicar mais empresas a fechar, pessoas sem médico de família nem SAPs, miúdos sem escola ou ATLs.
Contra tudo e contra todos, incluindo o défice, na saúde, na educação e na segurança social não pode haver cortes…
Chamem-me o que quiserem, mas é tudo uma questão de prioridade.
20.3.07
Para eLa, para eLas...
A Humanidade anda, desde o início dos tempos, em busca do melhor, do mais belo, do transcendente...
Em todas as gerações se escreveram grandes livros, se pintaram quadros extraordinários, se fizeram esculturas fantásticas...
Nós, aqui no “Caneta Permanente”, não temos a presunção de, algum dia, vir a criar obras de arte, mas o que podemos garantir é que temos algo que alguns dos grandes génios também tiveram: uma musa.
Em todas as gerações se escreveram grandes livros, se pintaram quadros extraordinários, se fizeram esculturas fantásticas...
Nós, aqui no “Caneta Permanente”, não temos a presunção de, algum dia, vir a criar obras de arte, mas o que podemos garantir é que temos algo que alguns dos grandes génios também tiveram: uma musa.
Camões, por exemplo, escreveu “Os Lusiadas” inspirado nas Tágides, umas “sereias” que moravam no rio Tejo.
A nossa Musa existe e vive em terra firme.
É Linda, simpática e o seu sorriso iLumina as nossas vidas, a sua presença aLegra-nos e, Lá está, inspira-nos.
A nós, feios e comuns mortais, resta-nos o prazer e a honra de poder continuar a admirá-La.
A partir de hoje, sempre em sua homenagem, sempre a dia 20, vamos dedicar um post a eLas, às muLheres que mais perto chegam ao ideaL que eLa representa.
A nossa Musa existe e vive em terra firme.
É Linda, simpática e o seu sorriso iLumina as nossas vidas, a sua presença aLegra-nos e, Lá está, inspira-nos.
A nós, feios e comuns mortais, resta-nos o prazer e a honra de poder continuar a admirá-La.
A partir de hoje, sempre em sua homenagem, sempre a dia 20, vamos dedicar um post a eLas, às muLheres que mais perto chegam ao ideaL que eLa representa.
19.3.07
Está a cair de podre schim shenhor mas tem GPS.
Confesso desde já que gosto de “gadgets”, mais ou menos tecnológicos, não importa.
Agora há um que me irrita de sobremaneira. Apesar de bastante útil.
Trata-se do GPS-router-mapa que anda espetado nos vidros dos automóveis de norte a sul do país.
Depois do ecrã de televisão no lugar do rádio do carro, do LCD-portátil pendurado no encosto de cabeça do banco do passageiro da frente, eis que chega o “Tom-tom”. O último trunfo do tuga-armado-ao-fino.
Que utilidade.
Deve ser óptimo para fazerem a voltinha dos tristes de todos os fins-de-semana. Ora de casa para o centro comercial e volta, ora de Lisboa ao Guincho e volta, ora do Chiado para o Chiado. Estão aí... parados em todas as filas, como este fim-de-semana.
É útil? O que importa! Torna qualquer chaço mais cheio de graça.
Agora há um que me irrita de sobremaneira. Apesar de bastante útil.
Trata-se do GPS-router-mapa que anda espetado nos vidros dos automóveis de norte a sul do país.
Depois do ecrã de televisão no lugar do rádio do carro, do LCD-portátil pendurado no encosto de cabeça do banco do passageiro da frente, eis que chega o “Tom-tom”. O último trunfo do tuga-armado-ao-fino.
Que utilidade.
Deve ser óptimo para fazerem a voltinha dos tristes de todos os fins-de-semana. Ora de casa para o centro comercial e volta, ora de Lisboa ao Guincho e volta, ora do Chiado para o Chiado. Estão aí... parados em todas as filas, como este fim-de-semana.
É útil? O que importa! Torna qualquer chaço mais cheio de graça.
18.3.07
Deve ser do cansaço (2)
Já tínhamos saudades dele. O “menino guerreiro” voltou a dar-nos alegrias e a relembrar quão fantásticos foram os seus quatro meses de Governo.
No “Dia D”, Santana Lopes voltou a disponibilizar-se para voltar à liderança do seu PPD/PSD, até aí, sem novidade.
Agora, verdadeiramente fantástica é a frase que se segue:
“Desculpe a presunção, tenho passado dois anos a ouvir coisas não propriamente muito agradáveis - e não estou a vitimizar-me - ouvi, aguentei, cai, levantei-me outra vez (com a graça de Deus) e aqui estou a lutar pelas minhas ideias. Agora, tenho direito a lembrar algumas coisas que são verdades elementares: depois de Cavaco Silva, julgo que sou o político com mais obra pelo país todo”.
Hilariante… há coisas “funtásticas”, não há?
No “Dia D”, Santana Lopes voltou a disponibilizar-se para voltar à liderança do seu PPD/PSD, até aí, sem novidade.
Agora, verdadeiramente fantástica é a frase que se segue:
“Desculpe a presunção, tenho passado dois anos a ouvir coisas não propriamente muito agradáveis - e não estou a vitimizar-me - ouvi, aguentei, cai, levantei-me outra vez (com a graça de Deus) e aqui estou a lutar pelas minhas ideias. Agora, tenho direito a lembrar algumas coisas que são verdades elementares: depois de Cavaco Silva, julgo que sou o político com mais obra pelo país todo”.
Hilariante… há coisas “funtásticas”, não há?
Quem te viu… quem tv
A televisão em Portugal fez 50 anos e eu, nos últimos 32, habituei-me a ver bons programas.
Este post poderia ser sobre alguns programas que me marcaram, mas não é, talvez volte ao tema para relembrar situações específicas. Este post é, precisamente, para dizer mal do que se vai fazendo.
E não, não estou a falar dos horários a que passam algumas das (poucas) boas séries que ainda resistem à ditadura das audiências.
Depois do Big Brother, dos Acorrentados, do Bar da TV, da Quinta das Celebridades, do Fiel ou Infiel… de todos esses “reality shows” que nos últimos anos nos têm invadido as casas, eis que, afinal, ainda não se tinha visto tudo.
Eu não sou daqueles que só vê programas “pseudo-intelectuais”, só ouve ópera, lê livros de autores russos, diz que nunca viu novelas e não gosta de futebol… Quem me conhece, sabe que não sou nada assim e, mais do que isso, sou contra qualquer tipo de censura.
Confesso, no entanto, que este último “trunfo” da TVI mete-me nojo e envergonha-me.
Falta-me perceber se “aquilo” é ensaiado ou verídico. É indiferente, seja como for, o programa “A Bela e o Mestre” é ofensivo especialmente para as mulheres e indigno de um país “civilizado” em pleno século XXI.
Falta, agora, perceber se este é o último degrau na escala de má televisão ou se o “grau zero” está ainda mais abaixo.
Este post poderia ser sobre alguns programas que me marcaram, mas não é, talvez volte ao tema para relembrar situações específicas. Este post é, precisamente, para dizer mal do que se vai fazendo.
E não, não estou a falar dos horários a que passam algumas das (poucas) boas séries que ainda resistem à ditadura das audiências.
Depois do Big Brother, dos Acorrentados, do Bar da TV, da Quinta das Celebridades, do Fiel ou Infiel… de todos esses “reality shows” que nos últimos anos nos têm invadido as casas, eis que, afinal, ainda não se tinha visto tudo.
Eu não sou daqueles que só vê programas “pseudo-intelectuais”, só ouve ópera, lê livros de autores russos, diz que nunca viu novelas e não gosta de futebol… Quem me conhece, sabe que não sou nada assim e, mais do que isso, sou contra qualquer tipo de censura.
Confesso, no entanto, que este último “trunfo” da TVI mete-me nojo e envergonha-me.
Falta-me perceber se “aquilo” é ensaiado ou verídico. É indiferente, seja como for, o programa “A Bela e o Mestre” é ofensivo especialmente para as mulheres e indigno de um país “civilizado” em pleno século XXI.
Falta, agora, perceber se este é o último degrau na escala de má televisão ou se o “grau zero” está ainda mais abaixo.
15.3.07
Deve ser do cansaço (1)
Inauguramos hoje a primeira rubrica aqui no "Caneta Permanente". O espaço "Deve ser do cansaço" serve para guardar as últimas "pérolas" dos mais pertinentes personagens da nossa "praça".
Vamos abrir as "hostilidades" com o mais alto magistrado da Nação.
Cavaco Silva esteve num Roteiro para a Ciência dedicado às chamadas tecnologias limpas.
Até aqui tudo bem, nada a opor, tudo a apoiar.
A questão é que, talvez pelo cansaço, o Presidente da República teve uma frase, no mínimo curiosa, sobre o Alentejo e a instalação de ares condicionados.
Sem mais comentários, aqui fica:
"Ainda ontem me foi explicado que é possível construir casas no Alentejo sem ar condicionado (...) é bom que se saiba como se podem ter as casas frescas sem necessidade de ar condicionado que, parece, é uma das fontes muito grandes do consumo de energia", disse Cavaco Silva.
Mas, há casas no Alentejo sem ar condicionado? O quê? O ar condicionado gasta muita energia? A sério?
Vamos abrir as "hostilidades" com o mais alto magistrado da Nação.
Cavaco Silva esteve num Roteiro para a Ciência dedicado às chamadas tecnologias limpas.
Até aqui tudo bem, nada a opor, tudo a apoiar.
A questão é que, talvez pelo cansaço, o Presidente da República teve uma frase, no mínimo curiosa, sobre o Alentejo e a instalação de ares condicionados.
Sem mais comentários, aqui fica:
"Ainda ontem me foi explicado que é possível construir casas no Alentejo sem ar condicionado (...) é bom que se saiba como se podem ter as casas frescas sem necessidade de ar condicionado que, parece, é uma das fontes muito grandes do consumo de energia", disse Cavaco Silva.
Mas, há casas no Alentejo sem ar condicionado? O quê? O ar condicionado gasta muita energia? A sério?
O que elas querem
Um destes dias passou um documentário na televisão sobre a tribo Bunlap, que habita uma das ilhas do arquipélago de Vanuatu, no Pacífico.
E diziam as mulheres solteiras antes de ir para a "Festa da Canoa", um acontecimento que só se repete de muitos em muitos anos por aquelas bandas :
"Eu vou lá para encontrar um homem forte, bem parecido ... e que tenha muitos porcos!"
Trazudindo para os nossos padrões culturais : "Um homem bonito e rico".
Conclusão : seja lá onde for, o que elas querem é sempre o mesmo.
9.3.07
Da Quinta da Piedade para o mundo...
Nesta minha estreia blogueira quero, a partir de um buraco escuro algures nos subúrbios de Lisboa, começar por agradecer aos mentores do movimento “Caneta Permanente” por me terem aceite a bordo.
Segundo, quero deixar lavrado em acta a minha veemente oposição/desprezo em relação à (triste) ideia de erguer um museu em memória do ditador Salazar, em Santa Comba.
Para todos os que sintam falta de uma boa tortura com a chancela da PIDE ou da censura à moda de antigamente - versão lápiz azul -, sugiro que o Governo crie uma espécie de centro de “desintoxicação”, por exemplo, na Coreia do Norte ou então... na Madeira.
Por último, quero deixar uma mensagem de esperança a todos os que, como eu, fazem parte dessa imensa família que é o Sporting. Não há árbritros nem bola neste mundo que nos derrubem. O SCP é grande!
Segundo, quero deixar lavrado em acta a minha veemente oposição/desprezo em relação à (triste) ideia de erguer um museu em memória do ditador Salazar, em Santa Comba.
Para todos os que sintam falta de uma boa tortura com a chancela da PIDE ou da censura à moda de antigamente - versão lápiz azul -, sugiro que o Governo crie uma espécie de centro de “desintoxicação”, por exemplo, na Coreia do Norte ou então... na Madeira.
Por último, quero deixar uma mensagem de esperança a todos os que, como eu, fazem parte dessa imensa família que é o Sporting. Não há árbritros nem bola neste mundo que nos derrubem. O SCP é grande!
“Ganda lata”
Quando se pensa que se está numa missão “divina” e que se é “dono e senhor do mundo” perde-se a noção da realidade e cai-se no ridículo.
Os Estados Unidos - que têm todas as condições para ser um país fantástico - deram, ontem, através do seu Departamento de Estado, mais um triste exemplo do que não deve ser uma “potência”.
Desta vez, os norte-americanos criticam as más condições das prisões portuguesas e falam em abusos das forças de segurança portuguesas e excesso de recurso à prisão preventiva.
Obviamente, nem tudo vai bem no sistema prisional português e, seguramente, haverá aspectos a melhorar como, aliás, ciclicamente, reconhece a Amnistia Internacional, por exemplo.
Agora, daí a recebermos lições de moral de um país hipócrita como os Estados Unidos, vai uma enorme distância.
Como é que um país...
· que tem um campo de concentração como Guantanamo,
· que patrocinou Abu Grahib,
· que inventou a guerra no Iraque,
· que tem pena de morte (*)...
... pode vir falar sobre prisões num país como Portugal?
É caso para dizer: “Grande lata, senhor Bush”
(*) Só este ano e só no Texas, os Estados Unidos já “eliminaram” oito condenados, o último dos quais estava há 25 anos no “corredor da morte”.
Os Estados Unidos - que têm todas as condições para ser um país fantástico - deram, ontem, através do seu Departamento de Estado, mais um triste exemplo do que não deve ser uma “potência”.
Desta vez, os norte-americanos criticam as más condições das prisões portuguesas e falam em abusos das forças de segurança portuguesas e excesso de recurso à prisão preventiva.
Obviamente, nem tudo vai bem no sistema prisional português e, seguramente, haverá aspectos a melhorar como, aliás, ciclicamente, reconhece a Amnistia Internacional, por exemplo.
Agora, daí a recebermos lições de moral de um país hipócrita como os Estados Unidos, vai uma enorme distância.
Como é que um país...
· que tem um campo de concentração como Guantanamo,
· que patrocinou Abu Grahib,
· que inventou a guerra no Iraque,
· que tem pena de morte (*)...
... pode vir falar sobre prisões num país como Portugal?
É caso para dizer: “Grande lata, senhor Bush”
(*) Só este ano e só no Texas, os Estados Unidos já “eliminaram” oito condenados, o último dos quais estava há 25 anos no “corredor da morte”.
8.3.07
Para ti.
Procuraste-me os olhos
E nos teus olhos não te vi a alma.
Azul-cinzento vazio
num mundo que me está fechado.
Sinto, e pressinto o teu medo
de quem quer ver e afinal só olha.
De quem ainda assim chora.
Apertei-te a mão
e não foi com a minha mão.
Foi com o coração.
Até amanhã,
deste lado do vidro.
E nos teus olhos não te vi a alma.
Azul-cinzento vazio
num mundo que me está fechado.
Sinto, e pressinto o teu medo
de quem quer ver e afinal só olha.
De quem ainda assim chora.
Apertei-te a mão
e não foi com a minha mão.
Foi com o coração.
Até amanhã,
deste lado do vidro.
7.3.07
Estatuto da Carreira Indecente
Confesso já não ter a minima paciência para a guerrilha entre ministério da educação e sindicatos de professores.
Não é que faça a defesa das posições do ministério, mas ao mesmo tempo qualquer simpatia que pudesse ter pelos professores acabou-se há muito.
O braço de ferro agora é a estatuto da carreira docente. O mais recente ponto o acesso ao topo da carreira.
Antes disso tinham sido os concursos nacionais. Quando se realizavam todos os anos protestavam porque os professores não tinham estabilidade. Compreendo perfeitamente. E conheço pessoalmente alguns casos. Quem é que pode ter uma vida normal se estiver todos os anos a mudar de sitio? Mas agora que são válidos por três anos, também já não serve.
Parece que nunca nada está bem. Nunca nada serve.
Agora é o estatuto da carreira que também não dá. Reconheço que algumas propostas do ministério me parecem, no minimo, duvidosas. Mas parece-me que é mais um caso de aversão à mudança, apego ao "status quo" e ao que sempre se teve como garantido.
Não é que faça a defesa das posições do ministério, mas ao mesmo tempo qualquer simpatia que pudesse ter pelos professores acabou-se há muito.
O braço de ferro agora é a estatuto da carreira docente. O mais recente ponto o acesso ao topo da carreira.
Antes disso tinham sido os concursos nacionais. Quando se realizavam todos os anos protestavam porque os professores não tinham estabilidade. Compreendo perfeitamente. E conheço pessoalmente alguns casos. Quem é que pode ter uma vida normal se estiver todos os anos a mudar de sitio? Mas agora que são válidos por três anos, também já não serve.
Parece que nunca nada está bem. Nunca nada serve.
Agora é o estatuto da carreira que também não dá. Reconheço que algumas propostas do ministério me parecem, no minimo, duvidosas. Mas parece-me que é mais um caso de aversão à mudança, apego ao "status quo" e ao que sempre se teve como garantido.
Descriminalização da corrupção
Rui Rio veio esta semana defender "a descriminalização do corruptor activo, que denuncie às autoridades o crime que cometeu" , considerando que isso poderá ajudar no combate à corrupção.
«Se aquele que pagou fala, colocamos todos aqueles que recebem numa situação que... cuidadinho», exclamou o presidente da câmara municipal do Porto, durante um colóquio promovido pelo grupo parlamentar do PSD sobre o tema "Prevenir e combater a corrupção".
Mais um pouco e fazia-se um referendo...
Uma pergunta possivel poderia ser : "Concorda com a descriminalização do corruptor activo, desde que tenha desviado menos de 10 mil euros e denuncie pelo menos 5 cumplices envolvidos no mesmo esquema?"
Será que passaria no TC ...
«Se aquele que pagou fala, colocamos todos aqueles que recebem numa situação que... cuidadinho», exclamou o presidente da câmara municipal do Porto, durante um colóquio promovido pelo grupo parlamentar do PSD sobre o tema "Prevenir e combater a corrupção".
Mais um pouco e fazia-se um referendo...
Uma pergunta possivel poderia ser : "Concorda com a descriminalização do corruptor activo, desde que tenha desviado menos de 10 mil euros e denuncie pelo menos 5 cumplices envolvidos no mesmo esquema?"
Será que passaria no TC ...
5.3.07
Ele merece uma medalha de bom comportamento
“Faço um esforço para ser sério”. A frase é de Paulo Portas, o candidato á liderança do CDS-PP.
Paulo Portas produziu a pérola na entrevista a Judite de Sousa.
Ser sério é uma coisa. Fazer um esforço para ser sério é outra.
Paulo Portas produziu a pérola na entrevista a Judite de Sousa.
Ser sério é uma coisa. Fazer um esforço para ser sério é outra.
4.3.07
Reforço de peso
Depois de ter sido intimado a aceitar, RVR acabou por ceder e vai mesmo escrever no “Caneta Permanente”.
É, indiscutivelmente, um reforço de peso e mais um que vem alargar horizontes, gostos e perspectivas.
Amigo, chega-te à frente, vamos gostar de te ler por aqui.
Bem-vindo RVR
“Caneta Permanente”
É, indiscutivelmente, um reforço de peso e mais um que vem alargar horizontes, gostos e perspectivas.
Amigo, chega-te à frente, vamos gostar de te ler por aqui.
Bem-vindo RVR
“Caneta Permanente”
Se anda em transportes públicos, cuidado!
Não, não estou a falar dos assaltos - agora até bem menos frequentes -, mas de uma epidemia que parece estar de regresso: a picada da mosca “tse-tse”.
Costumo utilizar a linha de Sintra e é matemático: entro no comboio e basta a carruagem ir cheia para, seja a que horas for, se começarem a manifestar os primeiros sinais da doença.
É só ver algumas das pessoas que estão viradas para mim a terem um repentino “ataque” de sono. O “ataque” parece profundo mas, curiosamente, nunca vi nenhum desses passageiros falharem a estação de saída. Deve ser do muito “treino”.
Agora a sério: confesso que já estou habituado e só estou mesmo a falar nisto porque a situação se repete (muitas vezes) com velhotes e senhoras grávidas e aí – confesso – “salta-me a tampa”.
Haja respeito, haja civismo, não me façam sentir vergonha do meu país.
Costumo utilizar a linha de Sintra e é matemático: entro no comboio e basta a carruagem ir cheia para, seja a que horas for, se começarem a manifestar os primeiros sinais da doença.
É só ver algumas das pessoas que estão viradas para mim a terem um repentino “ataque” de sono. O “ataque” parece profundo mas, curiosamente, nunca vi nenhum desses passageiros falharem a estação de saída. Deve ser do muito “treino”.
Agora a sério: confesso que já estou habituado e só estou mesmo a falar nisto porque a situação se repete (muitas vezes) com velhotes e senhoras grávidas e aí – confesso – “salta-me a tampa”.
Haja respeito, haja civismo, não me façam sentir vergonha do meu país.
1.3.07
Voltou... e quem é que não estava à espera?
Tanto andou que lá chegou. Outra vez.
Profético. Em Belém na sala Fernando Pessoa só não disse “falta cumprir-se” o CDS-PP.
Portas está de volta.
Sem Jaguar mas com vontade de limpar o Caldas. Sem surpresa deveremos assistir aos mesmos de sempre, a dizerem adeus a Ribeiro e Castro e a engrossarem a fileira do candidato a re-novo líder.
Profético. Em Belém na sala Fernando Pessoa só não disse “falta cumprir-se” o CDS-PP.
Portas está de volta.
Sem Jaguar mas com vontade de limpar o Caldas. Sem surpresa deveremos assistir aos mesmos de sempre, a dizerem adeus a Ribeiro e Castro e a engrossarem a fileira do candidato a re-novo líder.
Método (josé) socrático.
Fórmula : "Estou neste momento em condições de vos anunciar que muito brevemente será anunciada a data do anúncio oficial do meu primeiro post a sério."
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