O Orçamento do Estado para 2011 acabou de ser aprovado. O PS votou a favor, o PSD absteve-se e a restante oposição votou contra. Sem novidades, portanto.
A questão é: e agora? Agora, o PS vai continuar a dizer que a culpa é da crise internacional, o PSD vai continuar a dizer que a culpa é do PS e a restante oposição vai continuar a dizer que está tudo mal e que a culpa é do bloco central.
Enquanto isso, no país real vão continuar a aumentar os desempregados e a dívida pública, o crescimento económico vai ser diminuto ou nulo e a pressão dos "mercados" não vai baixar.
Com o Governo a pedir "remodelação", o mais certo é ter que vir aí o FMI "resolver" o que os nossos políticos parecem ser incapazes de resolver. E, se isso tiver mesmo que acontecer, os "calos" vão doer mesmo a sério. Lembro só as primeiras duas medidas do "lobo mau" à chegada à Irlanda: despedir milhares de funcionários e baixar o salário mínimo. "Bonito serviço".
Portugal está em crise - se é que alguma vez deixou de estar - pelo menos desde 2000/2001 quando António Guterres - depois de ter gasto à grande - se pirou ao aproximar-se o "pântano", como foi chamado pela oposição na altura.
Desde aí foi o descalabro porque Durão Barroso também deixou o Governo para ir ganhar uns trocos em Bruxelas e entregou o país ao inanarrável Santana Lopes. Por fim, Sócrates, que até começou bem - os primeiros dois anos - mas que, agora, parece arrastar-se a si e ao país para o precipicio, apesar das suas "sete vidas".
Como diria alguém: "São os políticos que temos" e não se vêem alternativas credíveis em que possamos apostar para que o país possa melhorar, o que torna quase dramático o nosso poder de voto.
Temo que o FMI, que já nos veio salvar duas vezes, venha agora para acabar o serviço... mas acabar de vez... pôr um FIM nesta história.
26.11.10
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1 comentário:
Agora também já se fala que a Bélgica pode ter de ser "intervencionada".
E que tal "intervencionar" os especuladores e os mercados?
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