29.11.08

Viva a telefonia

Enquanto escrevo, o meu miúdo coze em febre no sofá.
Olhos postos na televisão depois de um rápido zapping que terminou no canal 38 cá da casa, o mais visto, o famoso "Canal Panda".
Não fosse o amor ao dinheiro juro que já me passou pela cabeça matar o boneco vestido de Panda com um tiro certeiro do comando.
Bom, o que me irrita é o facto do Panda, e os restantes pandilhas do espectro da rádio-visão ser por estes dias uma extensão dos Toys R,us, da loja das prendas e o diabo que as carregue.
A publicidade surge em catadupas... as Barbies, as amigas da Barbie, o coche e o castelo de cristal, as pistas hotwheels, os macaquinhos que caem nos pauzinhos...
E e olho para aquilo tudo e imagino o meu filho a babar-se com o realismo feliz de cada produção cinematografica... e penso que também eu fico assim quando vejo um catálogo de férias.
Ainda querem que acredite que existe aquela coisa a que chamam de Espírito de Natal? Pois deve estar à venda no Toys R,us.

2 comentários:

Carlos Calaveiras disse...

Vá lá Zeca, o miúdo até se porta bem, deixa-o lá ver o Panda descansado.

As melhoras do nosso grande L.

rvr disse...

O vil metal desvia a nossa atenção do que é verdadeiramente importante.

Na última Feira do Livro comprei "O Papalagui (Homem Branco)", onde um indígena de uma pequena ilha do Pacífico dá a sua visão sobre a sociedade ocidental.

Tiavéa desmonta o nosso modo de vida e pergunta: Será que todas estas "coisas" que possuimos farão realmente falta?