A poucos minutos da abertura do Rock in Rio 2008, deixo aqui a minha lista para um dia "temático" "seis estrelas".
Imaginem só um dia dedicado àquilo que os entendidos chamam "triphop":
- Coldfinger
- The Gift
- Tindersticks
- Radiohead
- Massive Attack
- Portishead
Eu iria...
Entretanto, hoje, na "Cidade do Rock", 90 mil ao vivo e mais uns milhares na rádio e na televisão esperam ouvir e ver Lenny Kravitz mas, especialmente, Amy Winehouse.
30.5.08
28.5.08
Expressões da nossa vida (II)
Volto a esta rubrica, aqui no “Caneta Permanente”, porque realmente há coisas que continuo a não perceber e me assustam.
Tudo começa com os dados revelados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
“O endividamento das famílias portuguesas voltou a aumentar em 2007 para 129% do rendimento disponível, atingindo o valor mais elevado de sempre.
Os dados foram revelados hoje pelo Banco de Portugal no relatório de estabilidade financeira de 2007”.
O país está em crise e há muita gente a sofrer sem ter culpa absolutamente nenhuma – isso é indiscutível.
Agora, também há pessoas em Portugal que não têm a mínima noção da realidade e perdem a cabeça por um qualquer “vírus consumista”.
É natural (diria obrigatório) que se peça um empréstimo para comprar casa, é natural que se peça um empréstimo para comprar carro (especialmente se estivermos a falar do primeiro, absoluta necessidade). Já não se pode dizer o mesmo quando se fala em pedir empréstimos para um segundo ou terceiro automóvel, para um telemóvel, um computador ou um plasma para ver o Euro.
Sobre tudo isto, lembrei-me de uma expressão que o meu pai repete muitas vezes e que é pena que nem todos sigam:
“Quem não tem dinheiro, não tem vícios”.
Tudo começa com os dados revelados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.
“O endividamento das famílias portuguesas voltou a aumentar em 2007 para 129% do rendimento disponível, atingindo o valor mais elevado de sempre.
Os dados foram revelados hoje pelo Banco de Portugal no relatório de estabilidade financeira de 2007”.
O país está em crise e há muita gente a sofrer sem ter culpa absolutamente nenhuma – isso é indiscutível.
Agora, também há pessoas em Portugal que não têm a mínima noção da realidade e perdem a cabeça por um qualquer “vírus consumista”.
É natural (diria obrigatório) que se peça um empréstimo para comprar casa, é natural que se peça um empréstimo para comprar carro (especialmente se estivermos a falar do primeiro, absoluta necessidade). Já não se pode dizer o mesmo quando se fala em pedir empréstimos para um segundo ou terceiro automóvel, para um telemóvel, um computador ou um plasma para ver o Euro.
Sobre tudo isto, lembrei-me de uma expressão que o meu pai repete muitas vezes e que é pena que nem todos sigam:
“Quem não tem dinheiro, não tem vícios”.
22.5.08
"Piada do dia"
"Quando chegou a casa à noite, a mulher pediu-lhe que a levasse a sair, mas queria ir a um sítio bem caro...
Ele levou-a a uma bomba de gasolina!"
Isto está a deixar de ter graça...
Ele levou-a a uma bomba de gasolina!"
Isto está a deixar de ter graça...
21.5.08
Obrigado
Depois de dois dias a perder a cabeça com (fantásticos) bolos parecidos com este:
Se calhar, é melhor ir passando por aqui que a idade já não perdoa:
Vamos é combinar uma coisa: cantar "certa e determinada" música pode (e deve) ser reduzida ao mínimo, ok?
Sou um gajo com sorte,
Obrigado às meninas e aos meninos
PS1: Aos que, por azar, me viram fazer "topless" as minhas desculpas. Espero que não tenham tido pesadelos.
PS2: Espero, igualmente, que todos aqueles que não tiveram o privilégio de comer nenhum dos três bolos com que fui presenteado possam, apesar disso, continuar a visitar este blog.
20.5.08
7 nota 20
Não me podia ter cabido em mãos maior honra, logo a mim que de todos sou o que menos mereço.
Mas já que a fortuna e o calendário me decidiram presentear com esta oportunidade, não posso deixar de a aproveitar para homenagear o meu grande amigo CMCC, neste seu dia 20, dia também da musa.
A ele dedico estas 7 beldades, o número mágico e mistico.
A legenda está no final.
Mas já que a fortuna e o calendário me decidiram presentear com esta oportunidade, não posso deixar de a aproveitar para homenagear o meu grande amigo CMCC, neste seu dia 20, dia também da musa.
A ele dedico estas 7 beldades, o número mágico e mistico.
A legenda está no final.
18.5.08
Preciosismos
Se há coisa que me desgosta em algumas notícias - sejam elas de jornal, rádio ou televisão - é a necessidade que alguns jornalistas têm de dar pormenores, alegadamente informativos, que - bem vistas as coisas - nada acrescentam e até podem perturbar.
São vários os exemplos e situações, mas há uma que me enerva especialmente porque até pode esconder outra "coisa" chamada racismo.
Pergunto eu: Porque raio se diz, em crimes sob investigação, que foram realizados por "grupo de x individuos de raça negra" ou por "elementos de etnia cigana"?
Não percebo esta "necessidade", até porque nunca ouvi falar em"bandos de criminosos de cor branca" e não me venham dizer que não há assaltantes brancos.
Por falar em "preciosismos", deixem-me rebobinar e recuperar a "estória" do tabaco do senhor Primeiro-ministro. Várias notas sobre o caso:
- anteriormente sempre se fumou nestas viagens oficiais;
- com a nova lei, inventada por um Governo Sócrates, não se podia fumar;
- o Primeiro-ministro não podia alegar que não sabia que não se podia fumar;
- ridícula a necessidade que José Sócrates teve de vir dizer que ia deixar de fumar porque queria "dar o exemplo";
- ao que consta, o jornalista que trouxe "o caso a lume", fuma desalmadamente;
- "ou há moralidade ou comem todos", diz o ditado;
São vários os exemplos e situações, mas há uma que me enerva especialmente porque até pode esconder outra "coisa" chamada racismo.
Pergunto eu: Porque raio se diz, em crimes sob investigação, que foram realizados por "grupo de x individuos de raça negra" ou por "elementos de etnia cigana"?
Não percebo esta "necessidade", até porque nunca ouvi falar em"bandos de criminosos de cor branca" e não me venham dizer que não há assaltantes brancos.
Por falar em "preciosismos", deixem-me rebobinar e recuperar a "estória" do tabaco do senhor Primeiro-ministro. Várias notas sobre o caso:
- anteriormente sempre se fumou nestas viagens oficiais;
- com a nova lei, inventada por um Governo Sócrates, não se podia fumar;
- o Primeiro-ministro não podia alegar que não sabia que não se podia fumar;
- ridícula a necessidade que José Sócrates teve de vir dizer que ia deixar de fumar porque queria "dar o exemplo";
- ao que consta, o jornalista que trouxe "o caso a lume", fuma desalmadamente;
- "ou há moralidade ou comem todos", diz o ditado;
17.5.08
Off-line
Não tenho internet em casa desde quarta-feira à noite. Supostamente estão "em manutenção".
Mais grave do que estar, há três dias, sem esse elemento fundamental para o nosso trabalho (a malta habitua-se e depois já não quer outra coisa, tal como os telemóveis) é a displicência da empresa.
Reparem nesta "timeline":
- quarta-feira à noite é dito: "Estará tudo ok na quinta de manhã"
- na quinta-feira às 14 horas é dito: são só "mais duas ou três horas"
- na quinta-feira às 20 horas é dito: "só amanhã de manhã"
- na sexta-feira às 13 horas é dito: "estará operacional às 18 horas"
- na sexta-feira às 20 horas é dito: "até às 23 horas"
- no sábado de manhã ainda não há net
"Há coisas fantásticas não há...", segundo diz o anúncio, e eu também acho.
Miserável atitude a destas empresas que têm o "rei na barriga" e estão literalmente a c.... para os clientes.
PS: a net deu, finalmente, sinal de vida pouco antes das 20 horas deste sábado.
Mais grave do que estar, há três dias, sem esse elemento fundamental para o nosso trabalho (a malta habitua-se e depois já não quer outra coisa, tal como os telemóveis) é a displicência da empresa.
Reparem nesta "timeline":
- quarta-feira à noite é dito: "Estará tudo ok na quinta de manhã"
- na quinta-feira às 14 horas é dito: são só "mais duas ou três horas"
- na quinta-feira às 20 horas é dito: "só amanhã de manhã"
- na sexta-feira às 13 horas é dito: "estará operacional às 18 horas"
- na sexta-feira às 20 horas é dito: "até às 23 horas"
- no sábado de manhã ainda não há net
"Há coisas fantásticas não há...", segundo diz o anúncio, e eu também acho.
Miserável atitude a destas empresas que têm o "rei na barriga" e estão literalmente a c.... para os clientes.
PS: a net deu, finalmente, sinal de vida pouco antes das 20 horas deste sábado.
15.5.08
A falta que elas nos fazem...
12.5.08
Uma espécie de hino
Nós somos, efectivamente, assim e Portugal em 2008... ainda é isto:
O grupo chama-se "Deolinda". Ouçam mais aqui
Obrigado .j.
O grupo chama-se "Deolinda". Ouçam mais aqui
Obrigado .j.
10.5.08
Publicação fedorenta
A revista TV Mais publicou fotografias da fachada da casa de Ricardo Araújo Pereira, devassando a privacidade e colocando em risco a segurança do humorista e da sua família.
Depois de ter tido a coragem de fazer frente ao PNR, o maior dos "Gato Fedorento" recebeu ameaças por parte de radicais neo-nazis e foi obrigado a mudar de residência.
Por ordem judicial a revista TV Mais e o seu "furo jornalístico" foram retirados do mercado, mas só alguns dias depois. O mal já estava feito.
Depois de ter tido a coragem de fazer frente ao PNR, o maior dos "Gato Fedorento" recebeu ameaças por parte de radicais neo-nazis e foi obrigado a mudar de residência.
Por ordem judicial a revista TV Mais e o seu "furo jornalístico" foram retirados do mercado, mas só alguns dias depois. O mal já estava feito.
Dúvida da semana (4)
Há países que parecem fadados para a desgraça e só assim aparecem nos media.
Nos últimos meses temos ouvido falar muito sobre Myanmar: primeiro pela repressão que há décadas isola o país, agora por culpa de um ciclone, "Nargis", que já provocou milhares de mortos e desaparecidos (números já trágicos, mas ainda provisórios).
Dependendo do meio de comunicação social, o país é apresentado como Myanmar ou como Birmânia.
Já outros países mudaram o nome ao longo da sua história, normalmente ex-colónias que se tornam independentes.
Neste caso específico não foi isso que aconteceu. Resumidamente, Birmânia é o nome histórico do país. Myanmar surgiu anos depois de uma junta militar ter tomado o poder pela força. Apesar da nova designação ter sido aceite pelas Nações Unidas, alguns países (Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo) continuam a rejeitá-lo.
A pergunta é: devemos aceitar o novo nome imposto por uma ditadura ou recuperar o nome histórico?
Nos últimos meses temos ouvido falar muito sobre Myanmar: primeiro pela repressão que há décadas isola o país, agora por culpa de um ciclone, "Nargis", que já provocou milhares de mortos e desaparecidos (números já trágicos, mas ainda provisórios).
Dependendo do meio de comunicação social, o país é apresentado como Myanmar ou como Birmânia.
Já outros países mudaram o nome ao longo da sua história, normalmente ex-colónias que se tornam independentes.
Neste caso específico não foi isso que aconteceu. Resumidamente, Birmânia é o nome histórico do país. Myanmar surgiu anos depois de uma junta militar ter tomado o poder pela força. Apesar da nova designação ter sido aceite pelas Nações Unidas, alguns países (Estados Unidos e Inglaterra, por exemplo) continuam a rejeitá-lo.
A pergunta é: devemos aceitar o novo nome imposto por uma ditadura ou recuperar o nome histórico?
9.5.08
Mundo Bizarro (III)
Num blog em que só homens escrevem, este post pode deixar-nos a pensar:
"Equador: Orgasmo obrigatório por lei
As mulheres equatorianas podem passar a ver o prazer sexual garantido pela lei do país caso a proposta de Maria Soledad Vela chegue a ser aprovada.
Assim, uma mulher não satisfeita pode processar o marido.
A proposta da legisladora do partido no poder está a gerar polémica e ela já foi acusada de estar a querer "decretar orgasmos por lei".
in "DN"
Ai, se a moda pega...
"Equador: Orgasmo obrigatório por lei
As mulheres equatorianas podem passar a ver o prazer sexual garantido pela lei do país caso a proposta de Maria Soledad Vela chegue a ser aprovada.
Assim, uma mulher não satisfeita pode processar o marido.
A proposta da legisladora do partido no poder está a gerar polémica e ela já foi acusada de estar a querer "decretar orgasmos por lei".
in "DN"
Ai, se a moda pega...
8.5.08
Dia da Mãe
Esta “coisa” aqui está a vender-se como água.
Chamam-lhe Pandora. É uma espécie de pulseira às prestações. Compra-se o cordão do tamanho do pulso, e depois compram-se as contas que podem ter inúmeros desenhos e configurações, dos mais bonitos aos mais pirosos.
Por ocasião do dia da mãe, lá abri os cordões à bolsa. E comprei para a minha cara-metade uma Pandora em nome do meu filho. Amigos, comprei apenas umas continhas, para aquilo não ficar um penduricalho.
Bom, o engraçado disto, é que a mãe gostou. Gostou e usou no primeiro e segundo dia. Ao terceiro e quarto lá ficou a repousar na mesa de cabeceira.
- Porquê? – perguntei eu.
- Porque é difícil de fechar por apenas uma pessoa.
Da próxima já sei. Vai uma pulseirinha de tecido estilo brasileiro que é uma sorte.
Vamos lá entender o bicho-mulher…
PS:fotografia roubada no belo site da Boutique dos Relógios.
Meninas, aproveitem enquanto é tempo
Esta menina fez de mim um homem.
Aqueles calções curtinhos, o ar sensual, faziam dela a melhor actriz do mundo, numa série que metia automóveis e palheiros.
Já lá vai o tempo, na velhinha série "Os Três Dukes".
Fui comprar a primeira série para rever momentos antigos. E não fiquei decepcionado.
o que me custou a sério foi procurar pela menina na internet. Ora vejam lá:
Aposto que já não coloca o traseiro em cima de nenhum capot para não correr o risco de o amolgar.
O tempo não dá tréguas. Cada vez mais me convenço que os homens pouco perdem com ele, mas que as mulheres ficam um caco.
O conselho: Aproveitem... enquanto é tempo.
Ps: deve ser tramado ter uma T-shirt com a nossa fotografia e que não nos serve...
Livremente acorrentados
Os tempos são difíceis. E por isso é cada vez mais fácil ser-se crítico.
Por isso, como primeiro postador deste Blogue que é de 4 e de todos, quero lembrar aos nossos visitantes que há algumas regras que imperam por aqui:
A primeira, é que somos livres de pensar e de traduzir por palavras o que pensamos. Que o nosso olhar sobre as coisas, não passa disso mesmo, do nosso olhar.
Privado, não vinculando absolutamente ninguém nem nada a não ser os autores dos seus escritos.
Aqui a palavra liberdade, significa isso mesmo.
Depois, claro que as nossas experiencias pessoais são espelho do que escrevemos:
O nosso dia a dia, as miúdas giras que nos atormentam, o lixo que temos de pôr na rua, as miúdas giras que nos atormentam, os carros e as motos, as miúdas giras que nos atormentam... enfim... o nosso trabalho ou a ausência dele, e as miudas giras que nos atormentam.
Um post só para lembrar que temos regras e que estamos vivos.
Por isso, como primeiro postador deste Blogue que é de 4 e de todos, quero lembrar aos nossos visitantes que há algumas regras que imperam por aqui:
A primeira, é que somos livres de pensar e de traduzir por palavras o que pensamos. Que o nosso olhar sobre as coisas, não passa disso mesmo, do nosso olhar.
Privado, não vinculando absolutamente ninguém nem nada a não ser os autores dos seus escritos.
Aqui a palavra liberdade, significa isso mesmo.
Depois, claro que as nossas experiencias pessoais são espelho do que escrevemos:
O nosso dia a dia, as miúdas giras que nos atormentam, o lixo que temos de pôr na rua, as miúdas giras que nos atormentam, os carros e as motos, as miúdas giras que nos atormentam... enfim... o nosso trabalho ou a ausência dele, e as miudas giras que nos atormentam.
Um post só para lembrar que temos regras e que estamos vivos.
7.5.08
Bob, o opinador
Uma instituição bancária abriu os cordões à bolsa e convidou Bob Geldof, homem da música e activista ligado a causas nobres como o Live Aid, para vir a Portugal dar uma palestra.
Tudo corria pelo melhor, o almoço estava a ser agradádel, quando aproveitando o balanço de estar falar sobre as relações de Portugal com África, Geldof disparou a frase que acabaria por marcar a sua passagem por Lisboa: "Angola é gerida por criminosos".
O embaixador angolano teve uma súbita indisposição e abandonou a sala, enquanto que os senhores da instituição bancária que convidaram o músico irlandês ficaram "verdes" ao ouvir a tirada e logo se demarcaram, não fossem os investimentos em Luanda estar em perigo.
É no que dá convidar estes pensadores livres para nossa casa.
Tudo corria pelo melhor, o almoço estava a ser agradádel, quando aproveitando o balanço de estar falar sobre as relações de Portugal com África, Geldof disparou a frase que acabaria por marcar a sua passagem por Lisboa: "Angola é gerida por criminosos".
O embaixador angolano teve uma súbita indisposição e abandonou a sala, enquanto que os senhores da instituição bancária que convidaram o músico irlandês ficaram "verdes" ao ouvir a tirada e logo se demarcaram, não fossem os investimentos em Luanda estar em perigo.
É no que dá convidar estes pensadores livres para nossa casa.
6.5.08
A Bush(a)
Laura Bush, subiu ao palanque na Casa Branca para dizer que estava, tal como os norte-americanos, preocupada com a tragédia na antiga Birmânia.
Que os Estados Unidos estavam prontos a ajudar, e até a ajudar mais, se a junta militar no poder aceitasse a oferta.
Porque o povo está a sofrer.
Até aqui tudo bem. Só que o que é que sucede…
o que sucede é que segundo Laura Bush, a culpa é das autoridades que não avisaram atempadamente as populações.
A família Bush já deve ter esquecido de como foram avisadas, protegidas, e auxiliadas as populações de alguns Estados Norte americanos como a Lousiana e o Missisipi depois da passagem do Katrina. Foi um luxo de diferença.
Mas as pérolas não ficaram por aqui. Num discurso (que suspeito ter sido escrito pelo esposo) desatou a culpar as autoridades da Birmânia pelo facto de terem destruído os sistemas agrícola, educacional e de saúde.
Dou de barato que isto possa ser uma verdade “lapaliciana”.
O que me preocupa é que um regime, por mais indigno que seja, não irá estar disposto a descer do altar e a pedir batatinhas a quem lhe aponta o dedo em riste.
Laura Bush deve ter-se esquecido que neste momento, o que importam são as famílias dos até agora 10 mil mortos. E não a politica. E que é justamente por causa da política que o povo não vai receber as ditas batatinhas.
Há momentos que não deveriam ter lugar na história
Que os Estados Unidos estavam prontos a ajudar, e até a ajudar mais, se a junta militar no poder aceitasse a oferta.
Porque o povo está a sofrer.
Até aqui tudo bem. Só que o que é que sucede…
o que sucede é que segundo Laura Bush, a culpa é das autoridades que não avisaram atempadamente as populações.
A família Bush já deve ter esquecido de como foram avisadas, protegidas, e auxiliadas as populações de alguns Estados Norte americanos como a Lousiana e o Missisipi depois da passagem do Katrina. Foi um luxo de diferença.
Mas as pérolas não ficaram por aqui. Num discurso (que suspeito ter sido escrito pelo esposo) desatou a culpar as autoridades da Birmânia pelo facto de terem destruído os sistemas agrícola, educacional e de saúde.
Dou de barato que isto possa ser uma verdade “lapaliciana”.
O que me preocupa é que um regime, por mais indigno que seja, não irá estar disposto a descer do altar e a pedir batatinhas a quem lhe aponta o dedo em riste.
Laura Bush deve ter-se esquecido que neste momento, o que importam são as famílias dos até agora 10 mil mortos. E não a politica. E que é justamente por causa da política que o povo não vai receber as ditas batatinhas.
Há momentos que não deveriam ter lugar na história
3.5.08
A culpa vai morrer solteira?
Passou um ano, 365 dias, desde o desaparecimento da pequena Madeleine McCann e certezas quanto ao caso...
Muitas pistas e despiste(a)s depois, muitas informações e contra-informações depois, muitos avanços e recuos depois, muitas versões e contra-versões depois, muitos anjos e demónios depois... certezas não há.
Primeiro a tese do rapto, depois do assassinato - involuntário ou não - e, agora, parece que tudo volta à "casa da partida" e já é possível - diz o "Expresso" - que a hipótese "rapto" volte a ganhar força.
Eu não sei o que aconteceu naquela noite, continuo com muitas dúvidas e a achar estranhos alguns dos dados conhecidos do caso, que parecem continuar a não encaixar...
... mas eu não conto para este processo. Quem conta (ou deveria contar) é a PJ.
A mim parece-me que é deveras preocupante que a polícia possa agora, como se nada fosse, voltar à hipótese do rapto depois de nove meses a alimentar a tese da culpa de Gerry e Kate McCann.
Continuo a achar - e isto serve para este caso como para todos os outros - que não se pode deixar passar a ideia que alguém é culpado (e essa ideia passou - mesmo que tenha sido involuntariamente - em relação aos McCann), avançar para a constituição de arguido (mesmo sendo um proforma que não equivale a culpa) e depois assobiar para o lado como se nada fosse.
Única certeza é que a miúda desapareceu mesmo a 3 de Maio de 2007. Se foi rapto não se sabe nada, se os pais a mataram ou deixaram morrer também não.
Se há coisa que não me apetecia era ter que dar razão aos media ingleses que fizeram uma pressão deplorável sobre a polícia portuguesa e trataram abaixo de cão os nossos inspectores.
As dúvidas permanecem e a pergunta está feita... A culpa vai morrer solteira?
Muitas pistas e despiste(a)s depois, muitas informações e contra-informações depois, muitos avanços e recuos depois, muitas versões e contra-versões depois, muitos anjos e demónios depois... certezas não há.
Primeiro a tese do rapto, depois do assassinato - involuntário ou não - e, agora, parece que tudo volta à "casa da partida" e já é possível - diz o "Expresso" - que a hipótese "rapto" volte a ganhar força.
Eu não sei o que aconteceu naquela noite, continuo com muitas dúvidas e a achar estranhos alguns dos dados conhecidos do caso, que parecem continuar a não encaixar...
... mas eu não conto para este processo. Quem conta (ou deveria contar) é a PJ.
A mim parece-me que é deveras preocupante que a polícia possa agora, como se nada fosse, voltar à hipótese do rapto depois de nove meses a alimentar a tese da culpa de Gerry e Kate McCann.
Continuo a achar - e isto serve para este caso como para todos os outros - que não se pode deixar passar a ideia que alguém é culpado (e essa ideia passou - mesmo que tenha sido involuntariamente - em relação aos McCann), avançar para a constituição de arguido (mesmo sendo um proforma que não equivale a culpa) e depois assobiar para o lado como se nada fosse.
Única certeza é que a miúda desapareceu mesmo a 3 de Maio de 2007. Se foi rapto não se sabe nada, se os pais a mataram ou deixaram morrer também não.
Se há coisa que não me apetecia era ter que dar razão aos media ingleses que fizeram uma pressão deplorável sobre a polícia portuguesa e trataram abaixo de cão os nossos inspectores.
As dúvidas permanecem e a pergunta está feita... A culpa vai morrer solteira?
1.5.08
Memórias de Abril
Abril chegou ao fim.
Pão, paz e liberdade.
Pão caro,
Paz rara,
Liberdade condicionada
Em Baleizão, chove sobre a foice e o martelo
Enferrujam
Como os restos da ocupação
Gritam os antigos senhores
E com razão
Não arreda o pé o povo sem ambição
Portugal não muda
Portugal veste-se melhor
Como se vestem os mortos
bem, mas para nada
Morre a pomba branca
Cai ao chão o ramo de oliveira
O país sem rumo
Sem tino, nem destino
Chove em Baleizão
E Abril chegou ao fim
Nota: faz muitos anos que levei a caneta e o papel a Baleizão, sob um céu negro de granizo.
Procurei antigos proprietários expropriados, e encontrei também os que ficaram com o que não era seu.
Em uns e outros, o mesmo olhar a dizer "tudo foi perdido, tudo foi em vão". Como quem perdeu uma batalha, em que só sobraram os restos do que já foi.
Em Baleizão, à beira de uma estrada de terra batida, no meio do campo lá estava a foice e o martelo, a marcar a morte de Catarina Eufémia.
E depois choveu pedra, e a memória curta guardou a imagem de um Abril mais triste.
Pão, paz e liberdade.
Pão caro,
Paz rara,
Liberdade condicionada
Em Baleizão, chove sobre a foice e o martelo
Enferrujam
Como os restos da ocupação
Gritam os antigos senhores
E com razão
Não arreda o pé o povo sem ambição
Portugal não muda
Portugal veste-se melhor
Como se vestem os mortos
bem, mas para nada
Morre a pomba branca
Cai ao chão o ramo de oliveira
O país sem rumo
Sem tino, nem destino
Chove em Baleizão
E Abril chegou ao fim
Nota: faz muitos anos que levei a caneta e o papel a Baleizão, sob um céu negro de granizo.
Procurei antigos proprietários expropriados, e encontrei também os que ficaram com o que não era seu.
Em uns e outros, o mesmo olhar a dizer "tudo foi perdido, tudo foi em vão". Como quem perdeu uma batalha, em que só sobraram os restos do que já foi.
Em Baleizão, à beira de uma estrada de terra batida, no meio do campo lá estava a foice e o martelo, a marcar a morte de Catarina Eufémia.
E depois choveu pedra, e a memória curta guardou a imagem de um Abril mais triste.
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