3.5.08

A culpa vai morrer solteira?

Passou um ano, 365 dias, desde o desaparecimento da pequena Madeleine McCann e certezas quanto ao caso...

Muitas pistas e despiste(a)s depois, muitas informações e contra-informações depois, muitos avanços e recuos depois, muitas versões e contra-versões depois, muitos anjos e demónios depois... certezas não há.

Primeiro a tese do rapto, depois do assassinato - involuntário ou não - e, agora, parece que tudo volta à "casa da partida" e já é possível - diz o "Expresso" - que a hipótese "rapto" volte a ganhar força.

Eu não sei o que aconteceu naquela noite, continuo com muitas dúvidas e a achar estranhos alguns dos dados conhecidos do caso, que parecem continuar a não encaixar...

... mas eu não conto para este processo. Quem conta (ou deveria contar) é a PJ.

A mim parece-me que é deveras preocupante que a polícia possa agora, como se nada fosse, voltar à hipótese do rapto depois de nove meses a alimentar a tese da culpa de Gerry e Kate McCann.

Continuo a achar - e isto serve para este caso como para todos os outros - que não se pode deixar passar a ideia que alguém é culpado (e essa ideia passou - mesmo que tenha sido involuntariamente - em relação aos McCann), avançar para a constituição de arguido (mesmo sendo um proforma que não equivale a culpa) e depois assobiar para o lado como se nada fosse.

Única certeza é que a miúda desapareceu mesmo a 3 de Maio de 2007. Se foi rapto não se sabe nada, se os pais a mataram ou deixaram morrer também não.

Se há coisa que não me apetecia era ter que dar razão aos media ingleses que fizeram uma pressão deplorável sobre a polícia portuguesa e trataram abaixo de cão os nossos inspectores.

As dúvidas permanecem e a pergunta está feita... A culpa vai morrer solteira?

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu já estou como o Bruno Nogueira. Depois de a Maddie ter sido vista em Marrocos, na Croácia e na Grécia, acho que se deve pensar na hipótese Inter Rail.

RVR

zeca disse...

Um ano depois permanecem as perguntas base.
Não acredito, com seriedade, que alguma vez iremos saber as respostas

zeca