18.5.08

Preciosismos

Se há coisa que me desgosta em algumas notícias - sejam elas de jornal, rádio ou televisão - é a necessidade que alguns jornalistas têm de dar pormenores, alegadamente informativos, que - bem vistas as coisas - nada acrescentam e até podem perturbar.

São vários os exemplos e situações, mas há uma que me enerva especialmente porque até pode esconder outra "coisa" chamada racismo.

Pergunto eu: Porque raio se diz, em crimes sob investigação, que foram realizados por "grupo de x individuos de raça negra" ou por "elementos de etnia cigana"?

Não percebo esta "necessidade", até porque nunca ouvi falar em"bandos de criminosos de cor branca" e não me venham dizer que não há assaltantes brancos.


Por falar em "preciosismos", deixem-me rebobinar e recuperar a "estória" do tabaco do senhor Primeiro-ministro. Várias notas sobre o caso:

- anteriormente sempre se fumou nestas viagens oficiais;
- com a nova lei, inventada por um Governo Sócrates, não se podia fumar;
- o Primeiro-ministro não podia alegar que não sabia que não se podia fumar;
- ridícula a necessidade que José Sócrates teve de vir dizer que ia deixar de fumar porque queria "dar o exemplo";
- ao que consta, o jornalista que trouxe "o caso a lume", fuma desalmadamente;
- "ou há moralidade ou comem todos", diz o ditado;

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