28.5.08

Expressões da nossa vida (II)

Volto a esta rubrica, aqui no “Caneta Permanente”, porque realmente há coisas que continuo a não perceber e me assustam.

Tudo começa com os dados revelados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

“O endividamento das famílias portuguesas voltou a aumentar em 2007 para 129% do rendimento disponível, atingindo o valor mais elevado de sempre.

Os dados foram revelados hoje pelo Banco de Portugal no relatório de estabilidade financeira de 2007”.


O país está em crise e há muita gente a sofrer sem ter culpa absolutamente nenhuma – isso é indiscutível.

Agora, também há pessoas em Portugal que não têm a mínima noção da realidade e perdem a cabeça por um qualquer “vírus consumista”.

É natural (diria obrigatório) que se peça um empréstimo para comprar casa, é natural que se peça um empréstimo para comprar carro (especialmente se estivermos a falar do primeiro, absoluta necessidade). Já não se pode dizer o mesmo quando se fala em pedir empréstimos para um segundo ou terceiro automóvel, para um telemóvel, um computador ou um plasma para ver o Euro.

Sobre tudo isto, lembrei-me de uma expressão que o meu pai repete muitas vezes e que é pena que nem todos sigam:

“Quem não tem dinheiro, não tem vícios”.

1 comentário:

zeca disse...

Há que reconhecer que um plasma dá muito jeito à hora de jantar. Mesmo que não haja jantar...